PF investiga agentes públicos por facilitarem roubos milionários à Caixa

Segundo a polícia, entre os investigados há agentes públicos que teriam repassado informações privilegiadas ao grupo, facilitando a execução dos crimes

Giovanna Machado, da CNN*
Operação mira grupo responsável por prejuízos milionários à Caixa Econômica Federal mediante arrombamentos de caixas eletrônicos em cidades do interior do Piauí e em outros estados do Brasil  • Reprodução/PF
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A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (25), uma operação para desarticular uma organização criminosa originária de Santa Catarina suspeita de causar prejuízos milionários à Caixa Econômica Federal por meio do arrombamento de caixas eletrônicos em cidades do interior do Piauí e em outros estados.

Estão sendo cumpridos dois mandados de prisão preventiva, um de prisão temporária e três de busca e apreensão nas cidades de Teresina e Altos (PI), expedidos pela 1ª Vara Federal Criminal do estado.

Operação mira grupo responsável por prejuízos milionários à Caixa Econômica Federal mediante arrombamentos de caixas eletrônicos em cidades do interior do Piauí e em outros estados do Brasil • Reprodução/PF
Operação mira grupo responsável por prejuízos milionários à Caixa Econômica Federal mediante arrombamentos de caixas eletrônicos em cidades do interior do Piauí e em outros estados do Brasil • Reprodução/PF

Segundo a PF, entre os investigados há agentes públicos que teriam repassado informações privilegiadas ao grupo, facilitando a execução dos crimes.

A organização utilizava ferramentas elétricas e instrumentos de corte para violar terminais de autoatendimento e subtrair grandes quantias em dinheiro. Ao menos cinco ações criminosas no estado já foram confirmadas.

A Operação Subversivos é um desdobramento da Operação Muros Baixos, realizada há cerca de 45 dias. Na ocasião, dois suspeitos foram presos ao planejarem ataques a caixas eletrônicos durante o Carnaval em Altos e outras cidades da região metropolitana de Teresina.

A ação desta sexta contou com o apoio do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) e da Corregedoria da Polícia Militar do Piauí. Os envolvidos poderão responder por furto qualificado mediante arrombamento, associação criminosa, corrupção passiva e outros crimes que ainda estão sob apuração.

Em nota divulgada à CNN, a Caixa Econômica informou que atua conjuntamente com os órgãos de segurança pública nas investigações e operações para reprimir a atuação de criminosos. 

“Tais informações são consideradas sigilosas e repassadas exclusivamente à Polícia Federal e demais órgãos competentes, para análise e investigação.”, finalizaram.

*Sob supervisão