Onças-pintadas ocupam Belém e chamam atenção para a preservação
Exposição espalha 50 esculturas em tamanho real pela capital paraense, unindo arte e conscientização ambiental às vésperas da COP30
As onças-pintadas desembarcaram em Belém, não as de carne e osso, mas em forma de arte. Cerca de 50 esculturas do maior felino das Américas foram instaladas em pontos turísticos da capital paraense, chamando atenção para a preservação da espécie ameaçada de extinção.
A peças da exposição têm o tamanho real de uma onça-pintada - 1,8 metro de comprimento - e foram produzidas em fibra de vidro, ficando em exibição até o dia 29 de novembro.
A mostra chega em um momento simbólico, quando Belém se prepara para sediar a COP30, a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas de 2025.
Das esculturas exibidas, 38 foram customizadas por artistas plásticos paraenses, exaltando a criatividade e identidade cultural da Amazônia, enquanto 10 peças são reapresentações de edições internacionais, vindas de cidades como Nova York, Paris e São Paulo.
A exposição Jaguar Parade ocupa espaços icônicos como a Estação das Docas, Forte do Presépio, Ver-o-Peso, Praças da República e Batista Campos, além do Santuário de Nazaré, Portal da Amazônia, UsiPaz e diversos shoppings da cidade.
Obras parecidas já passaram por capitais brasileiras como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Florianópolis, e também ganhou versões internacionais em Paris, Nova York e Colômbia.
O evento tem como missão unir arte, cultura e conservação ambiental, aproximando o público da causa da biodiversidade.
Após o término da exposição, todas as esculturas serão leiloadas, e a arrecadação será revertida para instituições que atuam na proteção da onça-pintada e da fauna brasileira.
Com curadoria assinada por Vânia Leal, a edição paraense dá destaque ao protagonismo feminino amazônico, com o apoio de madrinhas de peso: Gaby Amarantos, Fafá de Belém e Isabelle Nogueira, que se unem para fortalecer a defesa da floresta e da cultura local.


