Policial que matou advogado seguirá apenas em função administrativa
Vítima foi morta a tiros após discussão em saída de casa de shows em Belém

A Polícia Civil do Pará anunciou, nesta terça-feira (2), que o policial suspeito de matar o advogado criminalista Carlos Alberto Costa Júnior a tiros foi afastado de suas funções habituais.
O agente passará a atuar apenas em atividades administrativas até a conclusão do inquérito que apura o crime ocorrido no último domingo (30), em frente a uma casa de shows no bairro da Marambaia, em Belém.
O caso aconteceu na frente do Bar Santa Matta, localizado na Avenida Rodolfo Chermont, próximo à Rua da Marinha.
Segundo as primeiras informações repassadas pela Polícia Militar, o advogado e o policial civil teriam se envolvido em uma discussão momentos antes dos disparos. Testemunhas relataram que o advogado teria avançado na direção do policial segurando uma garrafa de cerveja.
O agente, então, teria tentado se afastar e, em seguida, efetuado dois tiros, que atingiram o advogado, que morreu no local.
Em nota divulgada nesta terça (2), a Polícia Civil detalhou que o inquérito está sob responsabilidade da Divisão de Crimes Funcionais (DCRIF), vinculada à Corregedoria-Geral.
A instituição reforçou que não compactua com condutas dessa natureza e reafirmou o compromisso com a legalidade e a ética.
A atualização enviada hoje também confirmou o afastamento do policial de suas atividades de campo, passando a atuar exclusivamente em funções administrativas até que o caso seja esclarecido.
A Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Pará (OAB-PA), lamentou a morte da vítima e classificou o crime como “grave e indignante”.
A entidade afirmou que já se habilitou no inquérito para acompanhar de perto as investigações e cobrou rigor e transparência no processo.


