PF prende quarto suspeito de ataque hacker que afetou PIX
Operação recuperou R$ 700 mil em espécie com investigado após conta bancária ser rastreada com altos valores transacionados; prisão foi em Boa Vista (RR)

A PF (Polícia Federal) e o Ministério Público de São Paulo prenderam mais um suspeito de participação no ataque hacker contra uma empresa de tecnologia que resultou no desvio de ao menos R$ 541 milhões de instituições bancárias. Foram apreendidos R$ 700 mil, em espécie, em Boa Vista, capital de Roraima, nesta terça-feira (22).
Segundo a PF, a ação se deu após intercâmbio de informações junto ao Banco Central e ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), que reporta transações típicas à Polícia Federal.
Os investigadores identificaram que a conta bancária desse homem recebeu grandes valores oriundos de empresas beneficiárias do furto bancário eletrônico. O homem foi preso em flagrante por lavagem de dinheiro. As investigações continuam em andamento.
Na semana passada, a PF e o MPSP prenderam duas pessoas suspeitas de participar do ataque hacker histórico. Foram dois dias de operação, sendo 15 e 16 de julho, na operação batizada de Magna Fraus. Mais de R$ 5,5 milhões em criptoativos foram recuperados.
Os dois presos foram em Goiás e houve buscas e apreensões no Pará, apurou a CNN.
A PF aponta que o grupo criminoso que desviou o montante realizou lavagem de dinheiro proveniente de fraudes e invasões de dispositivos eletrônicos. O ataque hacker causou prejuízos financeiros a diversas instituições financeiras e de pagamento.
A investigação apura a atuação de suspeitos especializados no uso de técnicas avançadas de negociação de criptoativos, empregadas para ocultar e dissimular a origem e a titularidade de valores ilícitos, dificultando sua rastreabilidade.
Desde o início das investigações, já foram bloqueadas contas e outros ativos na ordem de R$ 32 milhões. No último dia 4 de julho, um operador de TI da C&M Software foi preso pela Polícia Civil de São Paulo como responsável por vender sua credencial de acesso ao sistema para o grupo criminoso. Ele confessou e disse que recebeu R$ 15 mil.
Os presos são suspeitos especializados no uso de técnicas avançadas de negociação de criptoativos, que foram empregadas para tentar ocultar o rastro do dinheiro. A investigação é da Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos da PF.


