Número de queimadas na Amazônia em 2022 supera 2021, mas é inferior ao recorde de 2004

O ano de 2022 ainda não acabou, mas a Amazônia Brasileira já registrou mais focos de incêndio entre janeiro e setembro do que em todo o período de 2021. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Já foram registrados 76.587 focos até 19 de setembro deste ano, um número 2% maior do que o identificado em todos os meses de 2021, com 75.090 focos.

O mês de setembro costuma fechar a temporada de seca, que começa em maio, o que piora os níveis dos incêndios florestais pela falta de chuva.

Já em relação aos números que compreendem o período apenas entre janeiro e setembro para efeito comparativo, o Inpe registrou 56.166 nos primeiros nove meses de 2021. Já o pior período para os meses citados foi em 2005, com 163.340 focos.

A pior marca para um ano inteiro foi em 2004, quando 218.637 foram registrados em 12 meses.

A Amazônia é o bioma mais afetado pelo número de queimadas, seguido pelo Cerrado (que teve 38.295 focos neste ano) e Mata Atlântica (que teve 8.220 focos neste ano).

Confira os dados completos do compilado de focos de incêndio na Amazônia entre janeiro e dezembro, desde 1998:

1998: 59.187
1999: 62.858
2000: 48.168
2001: 69.675
2002: 169.261
2003: 174.400
2004: 218.637 (RECORDE)
2005: 213.720
2006: 144.422
2007: 186.480
2008: 103.453
2009: 81.682
2010: 134.614
2011: 58.186
2012: 86.719
2013: 58.688
2014: 82.553
2015: 106.438
2016: 87.761
2017: 107.439
2018: 68.345
2019: 89.176
2020: 103.161
2021: 75.090
2022: 76.587 (até 20 de setembro)

Confira os dados completos do compilado de focos de incêndio na Amazônia entre janeiro e setembro, desde 1998:

1998: 44.030
1999: 43.912
2000: 29.270
2001: 42.781
2002: 109.317
2003: 115.615
2004: 151.361
2005: 163.340 (RECORDE)
2006: 100.060
2007: 136.287
2008: 58.340
2009: 36.750
2010: 102.409
2011: 30.079
2012: 53.177
2013: 33.818
2014: 49.390
2015: 58.731
2016: 56.793
2017: 70.892
2018: 46.969
2019: 66.749
2020: 76.030
2021: 56.166
2022: 76.587