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    PF combate grupo suspeito de dar golpes em 10 mil pessoas no Sul do Brasil

    Cerca de 100 policiais federais atuam em Operação "Dead Coin", que cumpre 28 mandados de busca e apreensão e 2 de prisão em SC e RS

    Rafael Saldanhada CNN

    A Polícia Federal realiza uma operação contra uma organização criminosa suspeita de aplicar golpes em mais de 10 mil pessoas no Sul do Brasil, na manhã desta quinta-feira (7).

    Cerca de 100 policiais federais atuam na Operação “Dead Coin”, que cumpre 28 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva em diversas cidades de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

    O objetivo da ação é desarticular o grupo suspeito de lavar dinheiro oriundo da prática de estelionato contra as milhares de vítimas. O prejuízo total é estimado em R$ 250 milhões.

    A PF investiga 58 pessoas físicas e jurídicas suspeitas de integrar a organização criminosa.

    A investigação aponta que a quadrilha oferecia investimentos com rendimentos irreais sobre os depósitos. Inicialmente, os investidores recebiam um suposto lucro para que confiassem na rentabilidade.

    Para atrair os clientes, o grupo utilizava um site chamativo, grupos de captura em redes sociais e até davam palestras para potenciais investidores, conforme apurou a PF.

    Porém, após realizarem aplicações ainda maiores, as vítimas não recebiam mais nenhum retorno e não conseguiam reaver o dinheiro depositado, que era bloqueado sem justificativa.

    A polícia descobriu que o grupo ilegal realizou uma complexa engenharia para evasão de divisas para paraísos fiscais, lavagem de dinheiro, compra de automóveis e imóveis de luxo no exterior, entre outras práticas ilícitas.

    Na operação desta manhã, já foram apreendidos diversos automóveis de luxo, milhões de reais em criptomoedas e dezenas de imóveis foram sequestrados. O balanço final ainda será apurado pela Polícia Federal.

    Os envolvidos responderão pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro e evasão de divisas. As penas máximas somadas podem passar de 30 anos de prisão.

    Veja um vídeo da operação abaixo.

    A ação conta com o apoio do Ministério Público Federal.

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