Polícia descobre túnel próximo ao maior presídio de MT e prende 12 pessoas

Autoridades receberam alerta através do Disque Denúncia

Vianey Bentes, da CNN, em Brasília
Policiais prendem grupo responsável por escavar túnel próximo ao maior presídio do Mato Grosso  • Divulgação/Polícia Civil
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A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) do Mato Grosso descobriu que um túnel estava sendo construído em uma casa, seguindo em direção a maior penitenciária do estado, em Cuiabá. Doze pessoas foram presas em flagrante e encaminhadas ao prédio central do complexo com alto grau de periculosidade.

A polícia chegou até o local da escavação após receber uma informação pelo Disque Denúncia 197. No local, surpreendeu um grupo de dez homens e duas mulheres que trabalhavam na escavação.

A casa abrigava vários sacos com areia e outros materiais retirados do túnel, que possuía 30 metros. Ainda foram apreendidas pás, picaretas e outras ferramentas, além de reservatório para água e cestas básicas.

Polícia na entrada do túnel / Divulgação/Polícia Civil
Polícia na entrada do túnel / Divulgação/Polícia Civil

A polícia técnica esteve na casa fazendo a perícia e a Defesa Civil do Estado irá ao local para fazer a segurança e realizar a medição do trecho escavado. Os policiais ainda não tinham  entrado no túnel, pois até o momento não era possível estabelecer as condições de segurança.

Segundo o delegado Vitor Teixeira, que está à frente das investigações, o grupo se encontrava há 20 dias na casa. O imóvel foi alugado por um mestre de obras que fazia parte da organização criminosa, e seria o responsável por organizar e coordenar a abertura do túnel.

Os homens eram do Piauí, e tinham conhecimento na escavação de túneis, devido a experiência no trabalho em garimpo. Alguns deles possuem passagem pela polícia. Eles trabalhavam sem sair da casa, para não levantarem suspeitas, e estocavam todo o material retirado do túnel em um compartimento.

Enquanto os dez homens faziam a escavação, as duas mulheres, uma adolescente e uma adulta, cuidavam da alimentação do grupo.

A GCCO continuará as investigações, atrás dos responsáveis pela contratação dos trabalhadores e outros envolvidos na ação criminosa