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    Prefeito de Ilhéus é alvo de operação da PF contra fraudes em licitações

    Ação combate um esquema de pagamento de propina a agentes públicos para que as empresas investigadas fossem beneficiadas com contratos na gestão municipal

    Elijonas Maiada CNN

    A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (26), uma operação contra crimes de fraude à licitação e desvios de recursos públicos em vários contratos da Prefeitura Municipal de Ilhéus (BA). O prefeito Mário Alexandre (MDB) é um dos alvos.

    A PF realiza buscas na casa do chefe do executivo municipal e na Prefeitura.

    Ao todo, os agentes cumprem 17 mandados de busca e apreensão em Ilhéus, Itabuna, Salvador, Lauro de Freitas e Vitória da Conquista.

    A PF aponta a existência de um esquema de pagamento de propina a agentes públicos para que as empresas investigadas fossem beneficiadas com contratos na gestão municipal.

    Os ajustes entre empresários e agentes públicos eram realizados antes mesmo da realização da licitação e definiam a empresa que seria vencedora.

    Além do direcionamento das licitações, a apuração constatou-se o superfaturamento dos serviços em dezenas de contratos, fraude documental, crime de organização criminosa e lavagem de dinheiro.

    Os contratos investigados envolvem valores superiores a R$ 45 milhões. “A atuação dos agentes públicos ocasionou desvios de recursos públicos na área de saúde, educação e limpeza urbana”, diz a PF em nota enviada à imprensa.

    A Justiça também autorizou a quebra de sigilo bancário e fiscal dos envolvidos, além da apreensão de valores.

    Na casa de um dos alvos, a PF apreendeu R$ 700 mil em espécie. O nome do alvo desta busca especifica ainda não foi divulgado.

    Os investigados podem responder pelos crimes de frustação do caráter competitivo da licitação, fraude em licitação ou contrato, corrupção passiva, corrupção ativa, falsidade ideológica, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

    A operação foi batizada de “Barganha” com referência à troca de benefícios, uma espécie de moeda de troca para a assinatura de contratos, no qual as duas partes eram beneficiadas em detrimento do erário público, segundo a PF.

    A CNN tenta contato com a Prefeitura de Ilhéus e com a defesa do prefeito.

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