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    Reverter fome no Brasil passa por melhora da economia e políticas públicas, diz professor

    À CNN Rádio, Thiago Lima defendeu que “tempestade perfeita” explica números altos de insegurança alimentar no Brasil

    Amanda Garciada CNN

    A fome no Brasil só poderá ser revertida com a melhora da economia e aplicação de políticas públicas, em um projeto de longo prazo.

    Esta é a avaliação do professor da UFPB e coordenador do Instituto Fome Zero, Thiago Lima.

    Segundo dados do relatório global Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo, um em cada dez brasileiros passou por situação de insegurança alimentar grave entre 2020 e 2022.

    O professor exemplificou, à CNN Rádio, que, há cinco anos, uma família de quatro pessoas com uma delas ganhando um salário-mínimo, não enfrentava problemas de insegurança alimentar.

    Hoje, porém, essa mesma configuração familiar tem “60% de chance de escapar da fome.”

    Thiago explica que estamos vivendo uma “tempestade perfeita”, com o pós-pandemia, guerra na Ucrânia, mudanças climáticas e países em desenvolvimento em crises financeiras.

    “Tudo isso cria contexto no qual as pessoas têm dificuldade para obter renda e comprar alimentos”, completou.

    Para o especialista, “o mundo produz comida para todas as pessoas, mas temos problema de acesso.”

    “Além disso, nem toda comida é saudável, há alimentos ultraprocessados que são os mais baratos disponíveis, os mais pobres recorrem a esse tipo de alimento.”

    O coordenador do Instituto Fome Zero acredita que cabe aos estados “lançar mão de instrumentos” para reverter a situação.

    “A reforma tributária é uma possibilidade, não cobrar imposto sobre alimentos saudáveis e aumentar taxação dos que fazem mal, por exemplo.”

    Ele lembra que o Brasil tem experiência nisso, tendo conseguido sair do mapa da fome.

    “Emprego e salário-mínimo garantem comida para as pessoas, as pessoas ao longo do tempo vão se alimentar melhor”, disse.

    *Com produção de Camila Olivo

     

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