RJ é estado mais bem avaliado por ranking de políticas LGBTI+; Rondônia é o pior
À CNN Rádio, o coordenador da pesquisa Claudio Nascimento, diretor da Aliança Nacional LGBTI+, reforçou a importância do Programa Atenas
Um levantamento do Programa Atenas apontou que, em 2022, dos 27 governos estaduais, 19 não possuem um plano destinado à população LGBTI+.
O ranking avaliou todos os estados e o Distrito Federal em diversos quesitos, para trazer um balanço real das polícias públicas em vigor.
O Rio de Janeiro foi destaque positivo, com 19 unidades de atendimentos à população distribuídas por seu território.
Por outro lado, Rondônia é o pior estado, tanto em termos de políticas públicas, quanto pela falta de comprometimento em combater a discriminação.
Em entrevista à CNN Rádio, no CNN No Plural, o coordenador da pesquisa Claudio Nascimento, diretor da Aliança Nacional LGBTI+ e presidente do Grupo Arco-Íris, ressaltou a importância dos dados.
“Tomamos cuidado para que não houvesse conotação política com os dados, construímos indicadores de avaliação lógicos e com métricas objetivas.”
Entre os critérios, estão as políticas matriciais de cada estado, como “órgão gestor, conselho estadual LGBTI+ e também plano e programa para tocar ações e políticas públicas para a comunidade.”
Além disso, políticas setoriais também foram levantadas, as “ações na saúde, educação, trabalho, segurança, cultura, esporte e lazer” para este público.
Outro fator foi a questão da Justiça, com os modelos de cada estado para organizar a defesa e proteção dos direitos LGBTI+, com todos os decretos e atos normativos.
Na avaliação de Claudio Nascimento, o combate à discriminação esbarra na falta de comprometimento dos governos locais.
“O dado revelador é a necessidade de atitude conjunta de governo federal e estados, constatamos um apagão nas políticas público voltadas a melhoria da qualidade de vida e cidadania da população LGBTI+.”
Ele destaca que a maior parte dos estados não tem todos os itens necessários, e 16 obtiveram a nota mínima.
“Isso é muito grave e é necessário ter vontade política para reverter, entender que a comunidade é cidadã de direitos e precisa de resposta pública à altura”, completou.
Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Distrito Federal e Ceará são os melhores do ranking.
Já Rondônia, Roraima, Tocantins, Acre e Alagoas são os piores.
*Com produção de Isabel Campos