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    Saiba mais sobre a linha 6-Laranja do metrô de São Paulo

    Prometida para começar em 2020, operação do ramal que liga a Zona Norte ao Centro deve ocorrer somente em 2025

    Tiago Tortellada CNN , em São Paulo

    A linha 6-Laranja do metrô é um projeto antigo na capital paulista. De acordo com o projeto, o ramal irá integrar 15 estações, com paradas finais na Brasilândia, na Zona Norte, e São Joaquim, no Centro, onde haverá conexão com a linha 1-Azul. Quando completamente concluída, deverá atender a mais de 630 mil passageiros por dia.

    O trajeto terá 15 quilômetros de extensão, passando pelas estações Brasilândia, Vila Cardoso, Itaberaba-Hospital Vila Penteado, João Paulo I, Freguesia do Ó, Santa Marina, Água Branca, Pompeia, Perdizes, Cardoso de Almeida, Pacaembu, Higienópolis-Mackenzie, 14 Bis, Bela Vista e São Joaquim.

    Depois de concluída, a Linha 6-Laranja será operada pela concessionária Linha Uni por 19 anos e proporcionará integração às linhas 1-Azul e 4-Amarela, do metrô, e 7-Rubi e 8-Diamante, da CPTM. O governo paulista estima que, ao longo de toda a obra, serão gerados mais de 9.000 empregos.

    O trajeto também ficou conhecida como “Linha das Universidades”, já que o ramal irá atender instituições como Unip, PUC, Faap, Mackenzie e FMU.

    O decreto de Nº 58.025, de 7 de maio de 2012, autorizou a desapropriação de imóveis nas regiões da Freguesia do Ó, Lapa, Barra Funda, Perdizes, Consolação, Bela Vista e Liberdade para a construção. Porém, bem antes disso, em 2008, já era anunciada expansão da linha que viria a ter as obras iniciadas apenas sete anos depois.

    Nesta terça-feira (1°), houve rompimento do esgoto em trecho da obra na Marginal Tietê, uma das mais importantes vias da cidade. Nessa área, operações com um “tatuzão” –tipo de máquina específica para construção de túneis– foram iniciadas no fim de 2021, em 16 de dezembro. Não houve feridos.

    História da linha 6-Laranja

    A primeira previsão era integrar a Freguesia do Ó até a estação São Joaquim. Porém, em 4 de dezembro de 2008, foi anunciada a ampliação para os bairros Vila Nova Cachoeirinha e Brasilândia.

    A licitação para a execução das obras foi vencida pelo consórcio Move SP, em 2013, formado pelas construtoras Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC, além do Fundo Eco Reality e tinha expectativa de início dos trabalhos em 2014. A finalização seria em 2020.

    O valor total do investimento previsto nesta época era de R$ 9,6 bilhões –sendo R$ 8,9 bilhões divididos entre o consórcio e o governo do Estado. Os outros R$ 700 milhões são referentes às desapropriações.

    Só em 2015, porém, o então governador paulista, Geraldo Alckmin, deu início às obras de escavação do poço de ventilação da linha 6-Laranja (VSE Tietê). As escavações começaram em 13 de abril daquele ano.

    A primeira estação começou a ser construída em setembro de 2015. Era a Freguesia do Ó.

    Previsão final da Linha 6-Laranja do metrô de São Paulo, de acordo com os planejamentos do governo do estado / Reprodução/Governo de SP

    As obras, porém, foram paralisadas em setembro de 2016, praticamente um ano após seu início. As empresas que integram o consórcio Move SP alegaram dificuldades na obtenção de financiamento no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

    Em 7 de julho de 2020, quase quatro anos depois, a construtora espanhola Acciona assumiu a obra da linha-6 Laranja, por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) do governo estadual com a concessionária Linha Uni, da qual o grupo é sócio. Em outubro do mesmo ano, as obras foram retomadas.

    No dia 16 de dezembro de 2021, o governo de São Paulo iniciou a operação da primeira tuneladora para escavação do túnel da linha 6-Laranja –o chamado “tatuzão”.

    Em 1° de fevereiro de 2022, um canal de esgoto foi rompido e inundou as obras da linha na Marginal Tietê, causando o desabamento de um trecho da via.

    A previsão de entrega das obras atualmente é 2025.

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