Sítio pré-histórico de arte rupestre é descoberto em Alagoas
Pinturas rupestres podem ser dos primeiros habitantes da região do Rio do São Francisco, no sertão alagoano

Um sítio arqueológico foi encontrado na aldeia indígena Jeripankó, no município de Pariconha, em Alagoas, durante uma operação realizada nesta terça-feira (22) de fiscalização preventiva da Bacia do Rio São Francisco.
A operação foi uma força-tarefa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em parceria com Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público Estadual (MPE) e outros 20 órgãos que defendem a preservação ambiental.
A arqueóloga do Instituto, Rute Barbosa, explicou que o sítio trata-se, na verdade, de um painel de pinturas rupestre bastante preservado, com figuras geométricas, que remete aos primeiros moradores do sertão. “O sítio reforça a importância e potencial da região para o conhecimento científico da pré-história do nordeste do Brasil”, explica.
Os achados pré-históricos foram descoberto inicialmente pelos indígenas da região, que avisaram as equipes de fiscalização. O sítio ainda não foi registrado no banco de dados do IPHAN.
Além dessa descoberta, o IPHAN informou que já foram achados 18 sítios arqueológicos de extrema relevância para o território nacional na mesma região do Rio São Francisco. De acordo com o próprio Instituto, são considerados sítios arqueológicos os locais onde se encontram rastros da presença de ocupação humana.
O maior sítio arqueológico do Brasil fica localizado no Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí. O parque abriga a maior quantidade de pinturas rupestres do mundo. Os artefatos da Serra da Capivara apresentam vestígios do homem há 50.000 anos - os mais antigos registros da América Latina - segundo o Instituto Socioambiental.
*Sob supervisão de Giulia Alecrim