Professora morta em MG: briga por dívidas em apostas teria motivado crime

Matteos França Campos, de 32 anos, afirmou à polícia que agiu sozinho e enforcou Soraya Tatiana Bomfim dentro de casa

Julia Farias, da CNN*, em São Paulo
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Após o filho da professora Soraya Tatiana Bomfim, de 56 anos, que foi encontrada morta após ficar desaparecida, confessar o crime, a Polícia Civil de Minas Gerais afirmou que uma briga por dívidas em jogos de azar teria motivado o assassinato.

Em depoimento, o funcionário público Matteos França Campos, de 32 anos, afirmou à polícia que agiu sozinho e enforcou a vítima dentro de casa. Segundo a polícia, o filho da professora teria discutido com a mãe antes do desaparecimento dela por questões financeiras, uma vez que o rapaz estaria com diversas dívidas em apostas online.

Durante uma coletiva nesta sexta-feira (25), Ana Paula Rodrigues de Oliveira, delegada responsável pelo caso, afirmou que as dívidas do suspeito provocaram um colapso financeiro, fator que causou diversas discussões entre ele e a vítima. "Ele alega que teve um surto no momento da briga e isso resultou no crime", explicou a delegada.

Prisão do filho da vítima

Matteos França teve a prisão temporária decret'ada por suspeita de matar a mãe, Soraya Tatiana Bomfim. O crime aconteceu na casa da professora, que após ser assassinada teve o corpo transportado no porta-malas do próprio carro, sendo levado até o viaduto onde foi encontrado no último domingo (20).

Até o momento não há indícios de violência sexual e a corporação ainda aguarda o resultado da autópsia para determinar a causa da morte.

Viagem com amigos após o crime

Segundo as investigações, o funcionário público viajou com os amigos para a Serra do Cipó (MG) horas depois do crime. Após deixar o corpo embaixo do viaduto, ele teria voltado para a casa e, na sequência, foi viajar com os colegas ainda na noite do dia 18 de julho, por volta das 20h.

Na entrevista coletiva, a delegada Ana Paula Rodrigues de Oliveira ainda disse que a viagem já estava programada com amigos há cerca de um mês e que Campos não quis faltar ao compromisso. No dia 19 de julho, ele teria voltado para Belo Horizonte (MG) alegando que não estava conseguindo contato com Soraya. Ele teria pedido a uma tia para ir à residência onde a professora morava e verificar se ela estava lá.

Ele chegou a pedir também para que alguém arrombasse a porta da casa, e teria retornado à capital mineira dizendo aos amigos que estava preocupado por achar que alguma coisa tinha acontecido com a sua mãe.

Relembre o caso

A Polícia Militar de Minas Gerais encontrou o corpo de Soraya, embaixo de um viaduto, no bairro Conjunto Caieiras, em Vespasiano, cidade localizada na região metropolitana de Belo Horizonte (MG). No local, o corpo da professora estava seminu e coberto com um lençol.

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Segundo a PM, a mulher estava com marcas parecidas com queimaduras nas coxas e sangramento na região íntima. Próximo ao corpo, os agentes encontraram uma armação de óculos, mas não havia nenhum documento que identificasse a vítima.

(Com informações de Agência Estado)

*Sob supervisão de Rafael Saldanha