Psicólogo é preso suspeito de abusar de pacientes adolescentes em MG
MP aponta que Luidis Francisco cometia crimes "valendo-se de sua atividade profissional"; defesa alega que o investigado forneceu senhas dos dispositivos apreendidos na ação e colabora com as investigações
Um psicólogo foi preso suspeito de abusar sexualmente de pacientes adolescentes, em Muriaé, na zona da Mata Mineira. A prisão aconteceu durante uma ação do Ministério Público e da Polícia Militar de Minas Gerais, na terça-feira (14).
Segundo as investigações, Luidis Francisco de Souza abusava dos adolescentes, inclusive alguns com necessidades especiais, "valendo-se de sua atividade profissional".
Na ação contra o profissional, foram apreendidos diversos materiais e dispositivos eletrônicos, que também podem esclarecer uma possível participação de terceiros no caso. Até o momento, a quantidade de vítimas e os locais onde os crimes foram cometidos não foram divulgados.
Segundo o MP, além do mandado de prisão preventiva contra Luidis, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e um de suspensão de atividade econômica ou financeira, por receio do uso do dinheiro para praticar crimes graves.
Para o promotor de Justiça Breno Costa da Silva Coelho, "a partir do material apreendido na operação será feita uma imediata análise dos objetos, buscando informações sobre eventuais novas vítimas e outros envolvidos."
Procurada pela CNN, a defesa do psicólogo afirmou que aguarda o acesso à íntegra da investigação.
"Ressaltamos que o investigado vem desde o início colaborando com a investigação, buscando esclarecer os fatos, fornecendo todas as senhas dos dispositivos apreendidos, e ficando à disposição para apresentar quaisquer esclarecimentos, certo de sua inocência, que será comprovada", concluiu o advogado Fillipe Inácio Magalhães, em nota.
Em nota, o CRP-MG (Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais) afirmou que soube do caso por meio de uma reportagem em canais de comunicação e que não havia denúnica registrada contra o profissional. Leia a nota na íntegra:
"O Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais (CRP-MG) tomou conhecimento, por meio de reportagem veiculada em canais de comunicação. Informamos que, até o momento da divulgação da referida reportagem, não havia qualquer denúncia formal registrada nos sistemas internos do CRP-MG contra o profissional.
O caso será imediatamente encaminhado para apuração, conforme os procedimentos e recursos disponíveis no Sistema Conselhos de Psicologia. Ressaltamos o compromisso do CRP-MG com a defesa da sociedade, em especial de crianças e adolescentes, que são sujeitos de direitos e devem ter sua integridade física e psicológica resguardada. Esse compromisso é pilar fundamental da atuação profissional em Psicologia.
O CRP-MG mantém um canal permanente, sigiloso e acessível para o recebimento de denúncias. Qualquer cidadão pode formalizar uma denúncia por meio do formulário disponível em nosso site."
O caso segue sendo investigado.