Carros de luxo de influenciadores são apreendidos no RJ; veja imagens
Operação Desfortuna, conduzida pela DCOC-LD (Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro), tem como foco 15 influenciadores digitais que promovem jogo do tigrinho
A Polícia Civil do Rio apreendeu oito veículos durante a Operação Desfortuna, deflagrada nesta quinta-feira (7). A ação pretende desarticular uma quadrilha investigada por promover ilegalmente jogos de azar na internet, incluindo o "jogo do tigrinho", com indícios de lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Entre os veículos apreendidos, o de maior valor é uma Land Rover Defender azul, blindada e avaliada em R$ 700 mil. O automóvel, adquirido há cerca de uma semana, estava na residência de Rafael da Rocha Buarque, o DJ Buarque, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. O influenciador possui cerca de 2,8 milhões de seguidores em uma rede social.
Na véspera da operação, na quarta-feira (6), Buarque publicou em suas redes sociais propagandas do "jogo do tigrinho". Ele é ex-namorado e pai de um dos filhos da influenciadora Bia Miranda, outra pessoa investigada por envolvimento com jogos de azar.
A polícia também apreendeu uma BMW X4, avaliada a partir de R$ 450 mil, na casa da influenciadora Paola Ataíde, em Vargem Pequena, também na Zona Oeste. Outros veículos apreendidos na operação foram um Jeep Compass, avaliada em até R$ 280 mil, e uma BMW X3 avaliada em até R$ 600 mil.
Entenda operação
A Operação Desfortuna, conduzida pela DCOC-LD (Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro), tem como foco 15 influenciadores digitais que promovem jogo do tigrinho por meio das redes sociais.
Segundo a polícia, a finalidade é desmantelar um esquema de divulgação ilegal de jogos de azar online, que apresenta indícios de lavagem de dinheiro e atividades de organização criminosa. As investigações foram realizadas em colaboração com o GRA (Gabinete de Recuperação de Ativos) e o Lab-LD (Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro) da Polícia Civil.
A polícia identificou enriquecimento incompatível com a renda de influenciadores que exibiam vida luxuosa nas redes sociais. Relatórios do COAF mostraram movimentações bancárias suspeitas que excedem R$ 4 bilhões.
Além de promover jogos ilegais, os investigados são apontados como parte de uma organização criminosa, utilizando empresas de fachada para lavar dinheiro. Conexões com indivíduos de antecedentes criminais aumentaram a complexidade da investigação.