Dois policiais militares são mortos em um dia no Rio de Janeiro
Um agente foi encontrado sem vida dentro de um veículo na zona norte, enquanto outro policial foi assassinado na Baixada Fluminense; Polícia Civil busca autores e motivação dos crimes
Dois policiais militares foram mortos no Rio de Janeiro neste sábado (22), em situações distintas. Na zona norte da cidade, um agente foi encontrado morto a tiros no interior de um veículo. A vítima foi identificada como Everton Brasil Pitombeira.
Policiais militares do 9º Batalhão da Polícia Militar foram acionados para a rua Paulo Viana, na entrada da Comunidade Faz Quem Quer, em Rocha Miranda. A denúncia era de que uma pessoa teria sido encontrada sem vida dentro de um automóvel.
Ao chegarem ao local, os policiais confirmaram o óbito de um homem no interior do veículo. Após a identificação da vítima, constatou-se que se tratava de um policial militar, de acordo com a Secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ), e a área foi imediatamente isolada para a realização da perícia.
De acordo com apuração da CNN, Everton Brasil Pitombeira era terceiro sargento lotado na Diretoria-Geral de Pessoal (DGP) e teria sido morto a caminho da casa da filha. O policial teria entrado por engano no acesso à comunidade Faz Quem Quer, onde foi reconhecido como PM e morto pelos criminosos da região.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) foi acionada e investiga a morte do PM.
A perícia foi realizada pela Polícia Civil no local e diligências estão em andamento para apurar a autoria e a motivação do crime. Até a noite deste sábado, a ocorrência seguia em andamento.
Policial morto na Baixada Fluminense
Em Piabetá, na Baixada Fluminense, o policial militar Adil da Cruz Marques e sua mulher, Jaqueline de Araujo Alves, foram mortos. Adil era primeiro sargento lotado no 34º Batalhão da PM, em Magé, desde 2007. Ele tinha tinha 23 anos de corporação e deixa um filho.
Através das redes sociais, o comando do batalhão lamentou a morte do policial. “Sua trajetória foi marcada pelo compromisso, pela ética e pelo espírito de serviço, mas também pela alegria com que vivia e contagiava aqueles ao seu redor. Sua presença sempre foi sinônimo de companheirismo e bom humor, tornando sua partida ainda mais dolorosa”, diz a nota.
Jaqueline era companheira de Adil e colaboradora do Fundec (Fundação de Apoio à Escola Técnica, Ciência, Tecnologia, Esporte, Lazer, Cultura e Políticas Sociais de Duque de Caxias).
De acordo com apuração da CNN, os relatos são de que o casal foi morto pelo ex-marido de Jaqueline, que também é policial militar. Essa informação, no entanto, não foi confirmada pela PM e nem pela Polícia Civil.
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) foi acionada e investiga o caso.
Sete profissionais de segurança mortos em um mês
Apenas em janeiro deste ano, sete profissionais de segurança foram mortos violentamente no Rio de Janeiro, de acordo com dados do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
Em todo o ano passado, 77 mortes foram contabilizadas — o que colocou o estado no topo do ranking entre os estados com mais ocorrências dessa natureza.