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    PF desmonta quadrilha que fraudava benefícios sociais via Caixa Tem

    Operação Farra Brasil 14 cumpre mandados no RJ e mira servidores da Caixa Econômica e Lotéricas

    Camille Coutocolaboração para a CNN , no Rio de Janeiro

    A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (15), a Operação Farra Brasil 14, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes contra o sistema de benefícios sociais gerido pelo aplicativo Caixa Tem.

    A ação mobilizou cerca de 80 policiais federais para o cumprimento de 23 mandados de busca e apreensão em sete municípios fluminenses: Niterói, Rio de Janeiro, São Gonçalo, Maricá, Itaboraí, Macaé e Rio das Ostras.

    Além dos mandados, a Justiça Federal determinou medidas cautelares diversas da prisão para 16 investigados, que agora estão proibidos, entre outras restrições, de manter contato entre si e de frequentar agências da Caixa Econômica Federal.

    Esquema envolvia servidores da Caixa e lotéricos

    As investigações revelaram um esquema sofisticado, no qual o grupo criminoso cooptava funcionários da Caixa Econômica Federal e de casas lotéricas, oferecendo propina para obter acesso ilícito a contas sociais de terceiros através do aplicativo. A maioria das vítimas é composta por beneficiários de programas sociais do Governo Federal, mas o grupo também fraudava valores do FGTS e do Seguro Desemprego.

    A ação é resultado do trabalho conjunto da Coordenação de Repressão a Fraudes Bancárias Eletrônicas, vinculada à Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos da PF, com o apoio da Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção a Fraude (CEFRA) e da Corregedoria Regional da Caixa Econômica Federal no Rio de Janeiro.

    Prejuízo bilionário e investigação em curso

    Segundo dados oficiais da Caixa, desde o lançamento do aplicativo CAIXA TEM, em abril de 2020, já foram registrados aproximadamente 749 mil processos de contestação, gerando um ressarcimento que ultrapassa R$ 2 bilhões por parte da instituição financeira.

    Os investigados poderão responder por organização criminosa, furto qualificado, corrupção ativa e passiva, além de inserção de dados falsos em sistemas de informação. Somadas, as penas podem chegar a 40 anos de reclusão.

    A Polícia Federal segue com as investigações para identificar outros envolvidos e aprofundar o mapeamento da atuação da quadrilha.

    Em nota, a Caixa informa que atua conjuntamente com os órgãos de segurança pública nas investigações e operações que combatem fraudes e golpes. Tais informações são consideradas sigilosas e repassadas exclusivamente à Polícia Federal e demais órgãos competentes, para análise e investigação. Ainda ressalta que monitora ininterruptamente seus produtos, serviços e transações bancárias para identificar e investigar casos suspeitos.

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