Polícia Civil prende suspeitos de ataque a policial militar em Paraty (RJ)

Mandados de prisão e busca foram cumpridos nesta quinta-feira (31); entre alvos está policial suspeito de vazar informações à facção

Camille Couto, da CNN, Rio de Janeiro
Armas, munições, drogas, documentos e aparelhos eletrônicos apreendidos durante a operação.  • Reprodução / PCERJ
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, na manhã desta quinta-feira (30), suspeitos de tentativa de homicídio contra um policial militar em Paraty, na Costa Verde. O caso ocorreu no último dia 17 de junho.

Na ocasião, o cabo da Polícia Militar foi alvo de diversos disparos de fuzil e outras armas de fogo quando chegava em casa. Ele reagiu ao atentado e sobreviveu.

Veja um vídeo da tentiva de assassinato contra o PM:

A operação desta manhã é conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), realizada com apoio da 166ª DP (Angra dos Reis) e  167ª DP (Paraty) da Delegacia de Polícia Judiciária Militar. São cumpridos seis mandados de prisão preventiva e oito de busca e apreensão.

Entre os presos estão o policial militar Jadson Cabral Furtado, conhecido como “Barcelona”, suspeito de repassar informações estratégicas à facção criminosa envolvida no crime, e Gabriel Jardes Lopes, o “GB”, apontado como responsável por monitorar a movimentação da vítima no dia do ataque.

Também foram cumpridas ordens de prisão contra João Pedro Ferreira Francisco, o “BMW”, identificado como mandante do crime mesmo estando preso; Jeferson do Espírito Santo Martins, o “Jota”; e Gabriel Rodrigues Sousa, o “Martelinho”. Um adolescente também foi identificado e confessou participação na tentativa de homicídio.

As investigações apontam que o PM Jadson Furtado fornecia dados sigilosos sobre a rotina de agentes públicos e operações policiais em troca de pagamentos mensais. O material apreendido durante a operação inclui armas, munições, drogas, documentos e aparelhos eletrônicos, com o objetivo de aprofundar as apurações.

Segundo a Polícia Civil, Luiz Felipe Veloso Fraga, conhecido como “Zóio”, também teve prisão decretada, mas ainda não foi localizado e é considerado foragido.

A CNN não localizou a defesa dos investigados.