Polícia do RJ faz megaoperação nacional contra roubo de celulares
Ação cumpre 132 mandados de busca e apreensão em 11 estados e mira rede de desbloqueio e revenda de celulares roubados no Brasil
A PCERJ (Polícia Civil do Rio de Janeiro) fez, nesta segunda-feira (17), uma megaoperação contra o roubo, furto e receptação de celulares. A Operação Rastreio mobiliza equipes em 11 estados para cumprir 132 mandados de busca e apreensão, com objetivo de desmantelar uma rede nacional especializada no desbloqueio e na revenda de aparelhos de origem criminosa.
Até o momento, 32 pessoas foram presas em flagrante. Ao todo, foram apreendidos cerca de 2.500 celulares, além de componentes eletrônicos, cartões clonados, HDs e computadores. A operação também recuperou um veículo roubado e encontrou R$ 52 mil em espécie. As ações ocorreram simultaneamente no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Alagoas, Pernambuco, Maranhão, Piauí, Pará e Rondônia.
Coordenada pela DRCPIM (Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Propriedade Imaterial), a operação conta com apoio do Ministério da Justiça, da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) e da Diopi (Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência), além do apoio entre polícias civis de vários estados.
A investigação, de acordo com a corporação, começou após a prisão de um hacker especializado em desbloqueio remoto de celulares, considerado peça-chave no esquema. Ele oferecia cursos online e atendia “clientes” de todo o país, que enviavam aparelhos roubados para posterior revenda. A partir dessa prisão, a polícia mapeou a rede de receptadores e comerciantes envolvidos na reintrodução dos dispositivos no mercado, muitos deles donos de lojas, boxes e quiosques.
Segundo os investigadores, parte dos suspeitos utilizava o desbloqueio para acessar dados sensíveis das vítimas, prática que permitia abrir contas bancárias ilegalmente, solicitar empréstimos fraudulentos e realizar transferências de valores.
A Operação Rastreio já recuperou mais de 10 mil aparelhos e devolveu 2.800 aos donos. Desde o início das ações, mais de 700 envolvidos em roubos, furtos e receptação foram presos.
A ofensiva reforça a importância do combate ao mercado ilegal de celulares no Brasil e busca interromper um ciclo que alimenta crimes patrimoniais e financeiros em todas as regiões do país.


