Polícia lacra clínica em que jovem morreu durante lipo no RJ

A clínica Amacor, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio, foi lacrada pela Polícia Civil nesta quinta-feira (11). No local, a jovem Marilha Menezes Antunes, de 28 anos, morreu vítima de erro durante um procedimento de lipoaspiração realizado na segunda-feira (8).

Os agentes lacraram as portas de consultórios, da sala de medicamentos e do centro cirúrgico do estabelecimento. Todas as portas e entradas principais foram lacradas. A equipe continua coletando informações para o inquérito policial.

Na última terça-feira (9), peritos do ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli) e fiscais da Vigilância Sanitária realizaram uma fiscalização no local e já haviam declarado interditado o centro cirúrgico, local onde a vítima passou pelo procedimento.

Na ocasião, equipes encontraram uma grande quantidade de medicamentos vencidos na farmácia do hospital, e principalmente no carrinho de parada cardíaca, situado no local onde ocorreu o óbito. Também foram localizados produtos sem identificação de validade e origem.

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu uma sindicância para apurar as circunstâncias da morte de Marilha.

A família acusa a equipe médica de negligência e afirma que a unidade particular não tinha estrutura adequada para emergências. Eles relatam que Marilha teria sofrido a perfuração de um órgão, o que provocou hemorragia.

Em entrevista à CNN, a irmã da vítima, Lea Carolina, contou que acompanhou a cirurgia junto com o pai. Após cerca de três horas, percebeu movimentação incomum da equipe e ouviu uma enfermeira pedindo uma ambulância.

Marilha trabalhava como técnica de segurança do trabalho em uma empresa de aviação e havia acabado de fazer aniversário em 1º de setembro. Como presente, decidiu se submeter a uma lipoaspiração nas costas com enxerto nos glúteos.

*Sob supervisão de AR.