Prisão de Poze do Rodo: joias de MC fazem alusão à facção, diz polícia
Polícia Civil do Rio de Janeiro alega que joias do cantor fazem alusão ao Comando Vermelho; artista é acusado de apologia ao crime
MC Poze do Rodo, um dos maiores nomes do funk carioca da atualidade, foi preso nesta quinta-feira (27) em sua residência no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio de Janeiro. A prisão foi realizada pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) durante uma operação policial.
Segundo informações divulgadas pela Polícia Civil em coletiva de imprensa, o cantor é investigado por apologia ao crime e suposto envolvimento com o Comando Vermelho. As autoridades afirmam que as joias do artista fazem alusão a facções criminosas.
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Investigação e acusações
O chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Filipe Cury, declarou que as músicas do artista têm "um alcance incalculável" e são "mais lesivas que o tiro de um fuzil disparado por um traficante".
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De acordo com Cury, MC Poze do Rodo "só fazia shows em áreas do Comando Vermelho, cercado de criminosos ostentando fuzis para o alto, enaltecendo e fomentando a prática de crimes, uso de armas, uso de drogas e disputas territoriais".
As autoridades informaram que as joias do cantor serão alvo de uma investigação aprofundada. MC Poze do Rodo terá que comprovar a origem do dinheiro utilizado para a aquisição das peças, bem como apresentar notas fiscais e documentação pertinente.
Repercussão e alcance do artista
MC Poze do Rodo é um nome de destaque no cenário musical brasileiro, com 15 milhões de seguidores no Instagram e 6 milhões de ouvintes mensais em plataformas de streaming. Seu alcance e influência, especialmente entre o público jovem, foram destacados durante a coletiva de imprensa.
A polícia ressaltou que não pretende atuar como censora, mas sim separar "quem realmente é artista e promove a sua manifestação cultural de quem está em favor, trabalhando e sendo integrante da facção criminosa como instrumento de divulgação da ideologia e da narcocultura".
O caso de MC Poze do Rodo levanta questões sobre os limites entre liberdade de expressão artística e apologia ao crime, além de trazer à tona debates sobre a influência da música na juventude e o papel das autoridades nesse contexto.