Bolinho de mandioca envenenado: veja o que se sabe sobre caso
Jovem de 20 anos foi internado, em estado grave, após ingerir alimento supostamente envenenado

Um jovem de 20 anos foi internado, em estado grave, após ingerir um "bolinho de mandioca" supostamente envenenado, na última sexta-feira (18), em São Bernardo do Campo, do ABC Paulista.
O jovem Lucas da Silva Santos deu entrada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) com uma lesão na língua, o que afastou a hipótese inicial de envenenamento por chumbinho, e apresentando sintomas de intoxicação. Ele está internado em estado grave, porém estável, com suporte ventilatório e vigilância neurológica.
Conforme informações da Polícia, a tia da vítima era a principal suspeita, por preparar e enviar o alimento, além das informações de familiares que apontaram a ausência de relacionamento de Lucas com ela, sendo a primeira vez que ela enviaria comida a ele.
Em depoimento, a tia de Lucas afirmou que não colocou veneno nos bolinhos e que os ingeriu junto da família e animais de estimação, mas ninguém passou mal.
No entanto, a investigação da Polícia Civil de São Paulo, sob a direção da delegada Liliane Lopes Doretto, mudou o foco para o padrasto da vítima, que se tornou o principal suspeito devido a inconsistências em seu depoimento e um histórico de abuso sexual contra os enteados. Durante relato, a mãe do jovem afirmou saber dos abusos cometidos contra os filhos.
Conforme apuração, o envenenamento foi direcionado à vítima. Ele estaria tentando entrar em um relacionamento e iria mudar de cidade dias antes do ocorrido, o que poderia ter motivado o padrasto a cometer o ato, devido ao comportamento que tinha com o jovem.
Foram feitas diligências na casa do garoto e na residência da tia. Nos locais, a perícia coletou amostras da massa dos "bolinhos" e também de alimentos. Também foi solicitado um exame toxicológico da vítima. A Polícia aguarda os resultados das solicitações.
Em entrevista à imprensa, a delegada Liliane Lopes Doretto, dirigente da investigação, mencionou a possibilidade de pedido de prisão, especialmente da tia, caso ela não comparecesse à delegacia. A tia estaria com medo de sair de casa devido a linchamento público.
O padrasto da vítima, apontado como o principal suspeito teve a prisão temporária do padrasto da vítima solicitada e aguarda decisão judicial.
A delegada aguarda resultados de laudos periciais para identificar a substância tóxica e consolidar as provas.