Execução de ex-delegado em SP completa um mês; veja linhas de investigação
Força-tarefa confirmou envolvimento do PCC e prendeu cinco suspeitos; foco se mantém na captura de executores e em apurar possível elo com corrupção municipal
Um mês após a execução do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo Ruy Ferraz Fontes em Praia Grande, no dia 15 de setembro, a principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para a atuação do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Embora o elo com o crime organizado seja a principal tese devido à expertise tática da execução, a polícia também investiga a possibilidade de o crime estar ligado ao trabalho de Fontes na prefeitura.
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Nesta linha, a Polícia Civil apreendeu mais de R$ 100 mil e armas na casa de um subsecretário de Praia Grande, que é investigado no caso.
O crime e linhas de investigação
O crime, no qual Fontes foi alvejado por mais de 20 tiros de fuzil após ser perseguido, é considerado uma "morte anunciada", visto que Ferraz era jurado de morte pela facção desde 2006, após indiciar a cúpula do PCC, incluindo Marcola.
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As investigações já decretaram oito mandados de prisão. Até o momento, cinco suspeitos foram presos, incluindo Felipe Avelino da Silva, o "Mascherano", apontado como disciplina do PCC, e Rafael Marcell Dias Simões, o "Jaguar", identificado como um dos atiradores. Um sexto envolvido, Umberto Alberto Gomes — apontado como possível atirador —, foi morto em confronto no Paraná.
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Dois suspeitos permanecem foragidos: Flavio Henrique Ferreira de Souza, suspeito de participação direta na execução do ex-delegado, e, Luiz Antônio Rodrigues de Miranda, suspeito de atuar logística e direção do carro de apoio.
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A Polícia Civil de São Paulo segue investigando o caso.