Polícia descobre desmanche de motos furtadas em loja no centro de SP

Investigação da Divecar identificou esquema que desmontava até 20 motos por dia sob fachada de comércio na República

Giovanna Machado e Mariana Grasso, da CNN*, em São Paulo
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A Polícia Civil de São Paulo desarticulou um esquema de desmanche de motocicletas furtadas e roubadas que funcionava sob a fachada de uma loja na região central da capital.  

A investigação foi conduzida pela 1ª Delegacia de Investigações sobre Furtos e Roubos de Veículos (Divecar), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), e culminou na prisão de dois suspeitos em flagrante.

Segundo os investigadores, a quadrilha operava no bairro da República e desmontava, em média, até 20 motos por dia no local. A loja estava registrada como comércio regular, mas servia como ponto de receptação e desmonte de veículos subtraídos.

Na segunda-feira (5), após monitoramento da equipe da Divecar, os policiais realizaram uma campana no endereço e perceberam movimentação suspeita, mesmo com a fachada da loja fechada. 

As luzes nos fundos do imóvel estavam acesas, e dois homens foram vistos entrando com motocicletas. Eles foram abordados na saída e, ao entrarem no estabelecimento, os agentes encontraram evidências do crime.

Ao perceberem a presença policial, os demais integrantes do grupo fugiram pelos fundos. Equipes de apoio foram acionadas, mas os suspeitos não foram localizados. 

A perícia foi chamada e diversos materiais foram apreendidos, incluindo quatro motocicletas roubadas ou furtadas, centenas de peças e acessórios, placas veiculares, aparelhos inibidores de sinal, ferramentas, botijões de gás, cheques, comprovantes de pagamento e mais de R$ 9 mil em dinheiro.

Durante a perícia, uma vítima de furto compareceu ao local informando que o rastreador da sua moto apontava para o imóvel. Ela conseguiu localizar o veículo parcialmente desmontado dentro da loja.

Os dois homens presos foram levados à sede da 1ª Divecar, onde permaneceram detidos. O caso foi registrado como adulteração de sinal identificador de veículo automotor, associação criminosa e receptação qualificada. 

As investigações continuam para identificar e prender os demais envolvidos no esquema.

*Sob supervisão de Felipe Andrade