Transição entre inverno e primavera será de tempo seco em São Paulo

Temperaturas tendem a ser mais altas no interior enquanto no litoral pode haver uma alternância de períodos estáveis e instáveis

Ana Julia Bertolaccini, da CNN*, São Paulo
Setembro deve ter tempo seco e pancadas de chuva  • Marcelo Camargo/Arquivo Agência Brasil
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A transição entre o inverno e a primavera no estado de São Paulo será marcada por tempo seco, pancadas irregulares e chuvas mais intensas no fim do mês, de acordo com as informações do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas) da Defesa Civil do Estado.

Esse período representa o encerramento da fase mais seca do inverno, caracterizada por ar frio e baixa umidade. A região deve apresentar a retomada progressiva de umidade e precipitações típicas da primavera.

A circulação de ventos passa a favorecer maior transporte de umidade, ampliando a ocorrência de pancadas irregulares de chuva, muitas vezes fortes e acompanhadas de trovoadas. Esse novo padrão tende a se intensificar em outubro, consolidando o início do período chuvoso.

Outro fator a ser considerado é a possível influência do fenômeno La Niña, que pode modular a distribuição de chuvas e temperaturas em São Paulo, especialmente no decorrer da primavera. 

Na Grande São Paulo, Baixada Santista, Vale do Paraíba e Vale do Ribeira, setembro deve alternar períodos estáveis e fases de instabilidade. A região deve sentir maior impacto da chuva no final do mês, podendo gerar transtornos.

A Baixada Santista tende a registrar volumes mais expressivos, com risco de alagamentos, redução de visibilidade e agitação marítima. O Vale do Paraíba deve ter chuvas irregulares e noites frias, enquanto o Vale do Ribeira apresenta maior risco de deslizamentos em áreas de serra na segunda quinzena. 

O sudoeste e sul do Estado serão influenciados pela chegada de frentes frias mais intensas, vindas do Sul do Brasil. Há risco de temporais, ventos e até granizo no final de setembro.

A Defesa Civil reforçou a importância de evitar queimadas, manter a hidratação, proteger-se do calor e acompanhar os alertas emitidos pelo órgão, especialmente no fim do mês, quando aumenta o risco de eventos meteorológicos adversos.

*Sob supervisão de AR.