Uber e 99 anunciam retorno do serviço de mototaxi na cidade de São Paulo

A Prefeitura de São Paulo, através da Procuradoria Geral, vai ingressar com novo recurso no STF

Luisa Nicacio, da CNN Brasil*, em São Paulo
Serviços de moto por aplicativo devem retomar serviço em dezembro  • Divulgação/ 99
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A Uber e 99 anunciaram, nesta terça-feira (18), a retomada dos serviços de moto por aplicativo na cidade de São Paulo. Os serviços passarão a valer a partir do dia 11 de dezembro. Em setembro, a Justiça determinou um prazo de 90 dias para que a atividade fosse regularizada pela Prefeitura. A Uber e a 99 afirmaram que a Prefeitura não criou, até o momento, um projeto de regulamentação.

Em nota, a Prefeitura afirmou ser contra o serviço de mototaxi na cidade, e reforçou que se trata de uma atividade não regulamentada, perigosa e que tem registrado acidentes e mortes de inúmeros passageiros. A Prefeitura, através da Procuradoria Geral, vai ingressar com novo recurso no STF (Supremo Tribunal Federal).

Segundo dados obtidos pela Prefeitura Municipal, o número de óbitos com o uso de motocicletas aumentou em 20% de 2023 (403 mortes) para 2024 (483 mortes), superando até mesmo os homicídios, de acordo com os dados.

Em nota, a Uber declarou que "há mais de dois anos vocês estão impedidos de aproveitar benefícios como menos tempo no trânsito, mais economia e a segurança oferecida pelo serviço de moto por aplicativo que está disponível no Brasil todo, menos na sua cidade, por conta de uma proibição imposta pela Prefeitura de São Paulo"

As duas principais empresas do setor, Uber e 99 afirmaram apoiar uma regulamentação atualizada do serviço, com uma legislação que permita enfrentar os desafios da segurança no trânsito sem comprometer uma opção de transporte que amplia a mobilidade da população.

Premissas de segurança da 99 e Uber

  • Compartilhamento de dados e inteligência de trânsito- e

    stamos prontos para efetuar a transferência de informações agregadas e anonimizadas de cada empresa ao setor público para planejamento de mobilidade.

  • Certificação de condutores-

    Exigiremos que os motociclistas tenham idade mínima de 21 anos, acima do previsto em Lei, além da CNH com EAR (Exerce Atividade Remunerada).

  • Treinamento sobre segurança-

    Faremos ações contínuas de formação em direção defensiva e boas práticas para os motociclistas, além de treinamentos presenciais periódicos, em parceria com instituições reconhecidas.

  • Distribuição de equipamentos-

    Iniciaremos um programa de doação de coletes refletivos para os condutores mais engajados.

  • Tecnologias de monitoramento-

    Utilizaremos tecnologia de detecção de padrões de risco (como velocidade e freadas bruscas) com base em telemetria para implementar alertas, feedbacks, conteúdo educativo e políticas de restrição.

 

*Sob supervisão de Pedro Osorio