Rio Grande do Sul tem a CNH mais cara do Brasil; veja ranking
20 milhões de brasileiros dirigem irregularmente

No Brasil, 20 milhões de pessoas dirigem irregularmente e 32% ainda não se habilitaram por causa do preço para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), de acordo com dados do Ministério dos Transportes divulgados nesta quarta-feira (6).
Para a categoria AB (carro e moto), o valor da carteira oscila entre R$4.951,35, como no Rio Grande do Sul, e R$1.950,40, na Paraíba. O Mato Grosso do Sul ocupa a segunda colocação: lá, tirar a carteira de motorista sai por cerca de R$4.477,95. Já em Santa Catarina, o valor é de R$3.906,90.
A pasta entende que o valor é elevado dificulta o acesso ao documento considerado "uma chave para a mobilidade, para o trabalho e a independência". Cerca de 80% consideram a CNH cara ou muito cara e 66% dizem que o preço cobrado não condiz com o serviço entregue, de acordo com os dados do Ministério. Veja o ranking.
Valor da primeira habilitação por estado
- AC - R$ 3.906,60
- AL - R$ 2.069,14
- AM - R$ 3.418,95
- AP - R$ 3.780,47
- BA - R$ 4.120,75
- CE - R$ 3.020,97
- DF - R$ 3.005,67
- ES - R$ 2.338,76
- GO - R$ 2.600,39
- MA - R$ 2.858,01
- MG - R$ 3.968,15
- MS - R$ 4.477,95
- MT - R$ 2.964,04
- PA - R$ 2.802,45
- PB - R$ 1.950,40
- PE - R$ 3.416,44
- PI - R$ 2.401,00
- PR - R$ 3.670,83
- RJ - R$ 2.567,82
- RN - R$ 2.806,00
- RO - R$ 2.355,22
- RR - R$ 3.828,40
- RS - R$ 4.951,35
- SC - R$ 3.906,90
- SE - R$ 3.049,97
- SP - R$ 1.983,90
- TO - R$ 2.985,33
Os dados do Ministério mostram que entre os brasileiros com renda familiar de até um salário mínimo, 81% não possuem habilitação. A taxa de não habilitados também é expressiva nas regiões Nordeste (71%) e no Norte (64%).
Quase metade (49%) dos condutores não habilitados dizem que o custo é o principal motivo para não regularizarem a situação.
Governo proposta para novo custo para tirar CNH
O projeto avaliado do governo para dar fim à obrigatoriedade das autoescolas no processo de tirar a carteira de motorista pode reduzir o custo do indivíduo em 75%.
Caso a medida estudada pelo Ministério dos Transportes seja implementada, o valor desembolsado ficaria entre R$ 750 a R$ 1 mil.
O projeto tem enfrentado críticas das autoescolas e de entidades representantes, que ponderam o aumento nos acidentes de trânsito.


