Anac autoriza curso para piloto de balão três meses após tragédia em SC

Em junho, queda de balão deixou 8 mortos e 13 feridos, em Praia Grande;

Gabriela Garcia, da CNN, em Porto Alegre
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A primeira escola de pilotos de balão regulamentada pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) da região Sul foi inaugurada em Praia Grande (SC), três meses após um trágico episódio em que um balão quedar em chamas na cidade, em junho deste ano. Na ocasião, oito pessoas morreram e 13 ficaram feridas.

A iniciativa é da empresa Canyon Sul Balonismo e a inauguração da escola ocorreu em 22 de setembro. O espaço vai ministrar cursos para formação de pilotos e instrutores. A formação no curso leva, ao menos, 60 dias para ser concluída.

Segundo a empresa, no momento, há quatro alunos inscritos no curso para piloto. Assim que terminarem as aulas práticas e teóricas, eles recebem a PBL (Licença de Piloto de Balão Livre). A Anac autorizou o balão de modelo G20-3600 para o curso da escola.

A PBL é necessária em caso de balonismo comercial, como é o caso de voos turísticos. Além disso, as aeronaves devem ter matrícula no RAB (Registro Aeronáutico Brasileiro).

Já para a prática do balonismo com finalidade exclusivamente desportiva, não é necessário ter a PBL, apenas certidão de cadastro de aerodesportista.

Queda do balão

Ao menos oito pessoas morreram após um balão pegar fogo no ar e cair, no município de Praia Grande (SC), em 21 de junho. Além disso, outras 13 pessoas ficaram feridas.

Para a polícia, o incêndio ocorreu devido a um maçarico auxiliar que estava dentro do cesto e serve para iniciar a chama principal do balão.

A Anac afirmou que o piloto do balão teve pedido para Licença de Piloto de Balão Livre negado devido à falta de comprovação de instrução na época.

De acordo com o órgão, Elves de Bem Crescencio, que pilotava o balão que caiu em Praia Grande, tem o cadastro de aerodesportista, conforme requerido pelo Regulamento Brasileiro de Aviação Civil. Contudo, ele não possui a autorização exigida para a operação de balões de forma comercial.

Ainda, conforme o órgão, o balão também não era uma aeronave certificada.