Fisiculturista foi esfaqueado no pescoço enquanto dormia, diz polícia

Primeira facada na jugular inviabilizou qualquer chance de defesa; crime foi motivado por ciúmes

Alan Cardoso, da CNN*, São Paulo
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O fisiculturista Valter de Vargas Aita, de 41 anos, foi esfaqueado pela esposa no pescoço de surpresa enquanto dormia, foi o que concluiu a investigação da Polícia Civil de Santa Catarina. A vítima foi morta no dia 7 de setembro, em um apartamento no centro de Chapecó (SC).

A primeira facada foi na região jugular, o que inviabilizou qualquer possibilidade de defesa, mesmo para um homem com porte físico atlético e significativamente maior que a agressora.

Na sequência a mulher teria desferido diversos golpes na região da nuca, cabeça, rosto, braços, pernas, tórax e abdômen. O corpo da vítima foi encontrado completamente nu e totalmente ensanguentado na escada do prédio onde ele morava.

A investigação ainda concluiu que o fisiculturista tentou fugir do apartamento do casal, mesmo gravemente ferido, e deixou um rastro de sangue pelos corredores e pela escada do prédio.

Neste momento, Valter foi visto por uma testemunha com o rosto aparentemente intacto. A investigação concluiu que esse detalhe sugere que o homem foi ferido por diversos golpes perfurantes no rosto após ter caído e desmaiado na escada onde foi encontrado.

Motivação do crime

Segundo a investigação, o crime foi cometido por ciúmes. A autora acreditava que Valter estava se relacionando sexualmente com outras pessoas e por mais de uma vez deixou claro seu desejo de matá-lo por isso.

Os agentes tiveram acesso a elementos técnicos, inclusive diálogos de texto mantidos pela autora com uma amiga e vídeos feitos por ela, que serviram para comprovar que o crime foi praticado por ciúmes.

Após o crime a autora foi presa em flagrante e teve sua prisão cautelar decretada a pedido da Polícia Civil. Caso venha a ser condenada pelo Tribunal do Júri, a autora pode receber uma pena entre 12 e 30 anos de reclusão.

A autora também teve um mandado de prisão vigente cumprido por envolvimento em um latrocínio, roubo seguido de morte, em 2019 no Rio Grande do Sul. A Justiça gaúcha condenou a mulher a uma pena de mais de 15 anos de reclusão.

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