Trabalho e finanças são as principais causas de ansiedade em brasileiros, diz pesquisa

Levantamento da Quiddity revela que, para 48% dos entrevistados, sentimentos ruins foram os mais presentes nos últimos 12 meses

Duda Cambraia, da CNN
sombra de uma pessoa sentada com as mãos na cabeça abaixada encostada na parede
Vida financeira e profissional é o que mais influencia emoções negativas dos brasileiros, diz pesquisa  • Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Em 2023, as emoções negativas foram predominantes na vida de 48% dos brasileiros, é o que diz a pesquisa da Quiddity, que ouviu 1.335 pessoas acima de 18 anos e foi divulgada nesta terça-feira (12). Segundo o levantamento, 47% dos entrevistados responderam que a ansiedade e a preocupação foram os sentimentos mais presentes no último ano. Para 37% das pessoas ouvidas, a exaustão foi o que predominou.

Quando perguntados sobre quais áreas da vida mais impactaram esses sentimentos, as pessoas que afirmaram que as emoções negativas prevaleceram em 2023, responderam que as finanças (55%) e o profissional (44%) foram os principais motivadores.

Além disso, 43% dos participantes se sentem sobrecarregados e 40% relataram que as mudanças climáticas contribuem com o estresse.

A pesquisa mostra que as emoções negativas são ainda mais evidentes entre mulheres e jovens. Em relação à ansiedade, 55% das mulheres declararam ter essa emoção como a predominante em 2023, contra um percentual de 39% dos homens.

Entre os jovens, o grupo com idade entre 18 e 24 anos registrou 58%, 11 pontos percentuais acima da média nacional.

Emoções positivas

A pesquisa mostra que 52% dos entrevistados responderam que emoções positivas prevaleceram em sua vida nos últimos 12 meses. Das pessoas ouvidas, 39% citaram a gratidão e 38%, a felicidade.

Os motivos para essa predominância de sentimentos bons são motivos pessoais (44%) e de saúde (36%).

Tecnologia

A pesquisa da Quiddity aponta que 19% da população confia nas informações geradas pelas ferramentas de Inteligência Artificial (IA) e 11% das pessoas dizem confiar nos influenciadores digitais.

Além disso, 50% das pessoas checam se as informações são verdadeiras antes de compartilhar, sendo que 40% dos entrevistados já receberam fake news e acreditou que era verdade e 23% conhecem alguém que compartilha fake news de propósito.

Para 23% dos entrevistados, as mudanças tecnológicas geram ansiedade e, para outros 23%, há uma preocupação em relação à substituição de funções pelo trabalho gerado por IA.

O que esperar de 2024?

O estudo aponta que 81% dos brasileiros acreditam que 2024 será um ano melhor que 2023. Sobre as intenções para esse ano, 55% dos entrevistados têm como prioridade cuidados com saúde física, 52% bem-estar e 48% com saúde mental.

Das pessoas que participaram do levantamento, 41% disseram sentir falta de alguém para conversar sobre sentimentos.

Além disso, 35% das pessoas ouvidas desejam usar menos as redes sociais e 32% querem ficar menos em casa que em 2023.