Comissão do Congresso usará dados de Covid-19 dos estados, diz Alcolumbre

"É papel do parlamento buscar a transparência em um momento tão difícil para todos", disse o presidente do Senado

Paula Mariane,
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre  • Foto: Adriano Machado/Reuters
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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que a Comissão Mista Especial de Acompanhamento do Coronavírus – que monitora as medidas tomadas pelo governo federal no enfrentamento à pandemia – vai trabalhar com os dados fornecidos pelos estados e pelo Distrito Federal. A declaração foi divulgada no Twitter nesta segunda-feira (8). 

"É papel do parlamento buscar a transparência em um momento tão difícil para todos", disse. 

Ainda nesta segunda-feira (8), o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, afirmou que irá acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação contra a "omissão de dados sobre a pandemia por parte do governo federal".  

Divergências na divulgação

As mudanças promovidas pelo Ministério da Saúde na forma de divulgar os números da pandemia de coronavírus desde a última semana têm provocado confusão e críticas de diversos setores da sociedade. No domingo, a pasta chegou a informar números diferentes.

Na tarde desta segunda-feira (8), o Ministério da Saúde explicou a divergência nos números de casos e mortos pela Covid-19 no último domingo. Segundo a pasta, foram corrigidas duplicações nos dados divulgados.

A pasta reiterou que o país registrou 18.912 casos e 525 mortes pelo novo coronavírus de sábado para domingo. O número total de pessoas infectadas no Brasil é de 691.758, com 36.455 vítimas fatais.

No sábado (6), o Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento extrajudicial para apurar os motivos que levaram o Ministério da Saúde a excluir o número total de mortes por Covid-19 do boletim epidemiológico do país. 

Na justificativa do procedimento, o MPF destacou a transparência "como regra a ser adotada pelo poder público", e ressaltou o artigo quinto da Constituição, que assegura “o acesso à informação”.