À CNN, Zambelli diz que sacou arma após ser agredida e ouvir tiro em São Paulo

Deputada federal foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal, que apreendeu três armas em sua posse nesta terça (3)

Da CNN
A deputada Carla Zambelli (PSL-SP) durante ato a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), realizado na avenida Paulista, na cidade de São Paulo, SP, nas comemorações do 7 de Setembro, nesta terça feira  • Celso Luix/Futura Press/Estadão Conteúdo
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A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirmou que sacou uma arma contra um homem na véspera do segundo turno das eleições de 2022 após ter sido agredida, ouvido um tiro e voz de prisão de um PM contra um suspeito.

De acordo com nota de sua assessoria, ela teria sido cercada por cinco homens, xingada, agredida e cuspida. Testemunhas e vídeos desmentem a versão de que teria sido empurrada pelo homem.

"[Carla Zambelli] ouviu o PM dar voz de prisão ao principal suspeito, que correu, e, ao mesmo tempo, tendo ouvido o estampido de um tiro, sacou sua arma, de acordo com os Artigo 301 e 303 (sic) do Código de Processo Penal, que dá direto (sic) a qualquer do povo efetuar prisões em flagrante delito", afirma a nota.

Zambelli pontua ainda ser inocente e que irá provar isso na justiça.

Busca e apreensão

Carla Zambelli foi alvo de um mandado de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) atrás de armas nesta terça-feira (3), após autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.

De acordo com apuração da âncora da CNN Daniela Lima, três armas foram apreendidas na operação.

A decisão de Gilmar Mendes foi tomada a pedido da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Segundo informações da assessoria de imprensa de Zambelli, a polícia recolheu as armas que estavam na posse da deputada para "defesa pessoal".

Em 29 de dezembro, ela entregou sua arma usada no caso das eleições para a Polícia Federal em São Paulo, sete dias depois de uma determinação do ministro Gilmar Mendes. Entretanto, a PF identificou outras e informou isso no processo.

Relembre o caso

No dia 29 de outubro de 2022, a deputada federal foi abordada e se desentendeu com apoiadores de Lula. Ela sacou uma arma e apontou em direção a um homem, e o perseguiu até um estabelecimento comercial.

O policial militar que acompanhava a deputada chegou a efetuar um disparo que, segundo a perícia, foi constatado como acidental. Ninguém ficou ferido.

Na ocasião, a deputada disse que agiu de tal maneira em “defesa da honra”. Ela chegou a dizer que foi empurrada pelo homem, versão desmentida pelos vídeos feitos pelas pessoas que passavam na rua e registraram a confusão.

*publicado por Tiago Tortella, da CNN