Afetado pela reforma ministerial, PSB espera apoio de Lula em 2026
O ministro Márcio França, que deve ser deslocado para uma nova pasta, vislumbra apoio do PT na disputa ao Palácio dos Bandeirantes
O PSB, principal afetado pela reforma ministerial programada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), espera que, com uma eventual desidratação na Esplanada dos Ministérios, garanta o apoio do petista na disputa ao governo paulista em 2026.
O acordo fechado nesta quarta-feira (6) é para que o ministro Márcio França (PSB) seja deslocado do Ministério de Portos e Aeroportos para o Ministério do Empreendedorismo, que deve ser criado pela gestão petista.
Lula chegou a desistir de criar uma nova pasta, que seria inicialmente chamada de Pequenas e Médias Empresas, mas recuou depois de a cúpula nacional do PSB decidir que a nova pasta seria mais atraente que Ciência e Tecnologia.
Em troca da mudança, dirigentes do partido fizeram chegar ao Palácio do Planalto que a cúpula nacional do PSB não ficou satisfeita com a mudança, que acabou não afetando o partido do presidente, e que espera uma contrapartida.
Ela passaria, por exemplo, por um apoio do presidente a uma eventual candidatura de Márcio França ao Palácio dos Bandeirantes em 2026 contra o atual governador Tarcísio de Freitas, do Republicanos.
Em 2022, França abriu mão de candidatura própria para apoiar o hoje ministro da Fazenda, Fernando Haddad. No Palácio do Planalto, um eventual apoio da França não enfrenta grande resistência.
Isso porque dois nomes que seriam naturais para o posto, os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), não pretendem deixar os cargos ministeriais.
Nas palavras de um ministro petista, França só não será candidato contra Tarcísio caso o vice-presidente Geraldo Alckmin queira disputar novamente a sucessão ao Palácio dos Bandeirantes.