Após deixar Ministério da Justiça, Cappelli assume agência ligada à pasta de Alckmin

Ex-secretário executivo deixou a Justiça após a saída de Flávio Dino, que irá para o Supremo Tribunal Federal (STF)

Douglas Porto, da CNN, São Paulo
Anúncio de Cappelli foi realizado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin  • Tânia Rêgo/Agência Brasil
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O ex-secretario executivo do Ministério da Justiça Ricardo Cappelli assumiu, nesta quarta-feira (31), a presidência da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

O órgão é ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, liderado pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, que fez o convite ao ex-secretário. Ambos são do PSB.

"O que ajuda a estabilizar a democracia é o desenvolvimento, ajuda o Brasil a voltar a crescer, a se desenvolver, a gerar emprego, empregos industriais. Esse é um grande desafio", disse Cappelli.

Segundo Alckmin, Cappelli agrega "sua experiência e compromisso público à missão da neoindustrialização" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O que é a ABDI

A ABDI visa estimular a transformação digital, a adoção e difusão de tecnologias e de novos modelos de negócios no setor produtivo, em empresas, na indústria e serviços.

Sua atuação acontece com a promoção do debate entre governo e empresas para qualificar políticas públicas e ações estratégicas voltadas ao aumento da competitividade da economia brasileira frente aos desafios da Era Digital

Saída da Justiça

Cappelli comunicou na segunda-feira (29) sua saída do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A medida aconteceu diante da saída do então ministro Flávio Dino, que irá para o Supremo Tribunal Federal (STF), e a entrada de Ricardo Lewandowski no comando da pasta.

"Fiz o melhor que pude pela democracia e pelo Brasil. Agradeço ao ministro Flávio Dino e ao presidente Lula pela oportunidade e confiança. Desejo sucesso ao ministro Lewandowski”, escreveu o ex-secretário nas redes sociais.

No ano passado, ele atuou como interventor na Segurança Pública do Distrito Federal após os atos criminosos de 8 de janeiro. Também foi ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) após o pedido de demissão do general Gonçalves Dias.

“Agradeço também o apoio de todos os servidores do Ministério da Justiça e Segurança Pública sem eles seria impossível fazer o que fizemos. Agradeço muito as palavras recebidas de cada um de vocês por aqui nos momentos mais difíceis. Vocês não têm ideia de como essa energia nos ajuda a seguir firmes pelo Brasil”, acrescentou.