Bolsonaro cita Auxílio Brasil de R$ 600 como forma de “atender a todos”
Informação foi antecipada pela CNN na quarta-feira; presidente falou de aumento proposto pelo governo federal em benefício durante entrega de moradias populares na Paraíba
O presidente Jair Bolsonaro (PL) citou nesta sexta-feira (24) a proposta do governo federal para aumentar o valor pago pelo programa Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa Família criado pelos governos petistas.
A menos de cem dias das eleições presidenciais, o governo pretende recriar o auxílio emergencial de R$ 200 para atender às 18,1 milhões de famílias que já recebem os R$ 400 do Auxílio Brasil. Na prática, o beneficiário receberia R$ 600. A informação foi antecipada pela CNN na quarta-feira (22).
“Vivemos momentos difíceis no nosso Brasil e no mundo, uma inflação, um aumento de preço que atinge todo o globo, o mundo todo, mas isso a gente supera. Como a imprensa está anunciando que o Auxílio Brasil vai passar de 400 para 600 reais, é o governo entendendo o sofrimento dos mais humildes e dessa forma buscando atender a todos”, disse.
A declaração foi feita durante a entrega de moradias populares do programa Casa Verde e Amarela em João Pessoa, na Paraíba.
Segundo o presidente, só na Paraíba cerca de 1,5 milhão de pessoas recebem o Auxílio Brasil. Ele tentou diferenciar em seu discurso o programa de seu governo das iniciativas petistas.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu principal adversário, tem liderado as pesquisas de intenção de voto.
“Lá atrás, com o Bolsa Família quem fosse trabalhar perdia o Bolsa Família. Com o Auxílio Brasil, pode trabalhar que não vai perder o auxílio”, afirmou.
Bolsonaro afirmou que a mudança no benefício não é “virtude de um governo”, mas “obrigação”.
“No mais, também é obrigação um governo que não roube, um governo que não seja corrupto. Estamos deixando para trás esse momento triste da nossa história”, afirmou.
A referência à corrupção foi feita dois dias após a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, na quarta-feira, por suspeitas de tráfico de influência e corrupção passiva quando estava à frente da pasta.
Na quinta-feira (23), Bolsonaro afirmou durante uma transmissão na internet que “exagerou” ao afirmar, em março, que colocaria “a cara no fogo” por Ribeiro.
O presidente disse, no entanto, que continua acreditando na inocência do ex-ministro e que não havia materialidade para o pedido de prisão. Ribeiro foi solto ainda na quinta-feira.
*Publicado por Estêvão Bertoni, com informações de João Rosa, da CNN
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