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    Eleições 2022

    Bolsonaro não estava preparado para derrota e achei que ele fosse morrer, diz presidente do PL

    Em entrevista à CNN, Valdemar Costa Neto afirmou que errou ao não ter discutido possibilidade de derrota com o ex-presidente: "Aquilo foi um baque"

    CNN

    O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, afirmou à CNN em entrevista, nesta sexta-feira (27), que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não estava preparado para a derrota nas eleições de outubro e chegou a achar que “ele ia morrer”.

    O ex-deputado federal contou que visitou Bolsonaro um dia após o segundo turno – na segunda-feira, 31 de outubro do ano passado.

    “O Bolsonaro estava num estado que eu nunca vi uma situação dessas – do camarada de um dia pro outro ficar com aquela imagem. Depois de uma semana, eu até achava que ele ia morrer”, declarou Valdemar.

    O presidente do PL disse que cobrou que Bolsonaro se posicionasse a respeito dos acampamentos em quartéis que negavam o resultado das eleições, pedindo que falasse com seus apoiadores.

    “Ele falou: ‘Vou falar o que?’ Ele estava em uma situação muito ruim. Estava caído, derrubado”, acrescentou.

    Possibilidade de derrota nunca foi discutida, diz Valdemar

    Na opinião de Valdemar Costa Neto, o ex-presidente ficou nesse estado por um erro dele e de seus correligionários.

    “A gente sempre discute isso em qualquer eleição: ‘Olha, pode acontecer de você perder a eleição. O que você pretende fazer?’ Discutir se a pessoa vai trabalhar com a gente, vai ficar no partido ou não. Eu nunca discuti isso com o Bolsonaro. Foi um erro meu, um erro dos meus colegas que têm experiência”, declarou à CNN.

    “Aconteceu então que o Bolsonaro não estava preparado para a derrota. Ele foi derrotado e não estava preparado. Aquilo foi um baque. Depois de uma semana – e eu ia ver ele quase todo dia – achei que ele fosse até morrer. Aí passou umas três semanas ele melhorou”, completou o presidente do PL.

    Segundo Valdemar, o ex-presidente contou que chegou a ficar “cinco, seis dias sem comer”.

    Assista à entrevista na íntegra:

    Publicado por Léo Lopes. Entrevista realizada por Gustavo Uribe e Elisa Veeck, da CNN

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