Bolsonaro tem alta hospitalar após passar noite internado em Brasília
Na terça-feira (17), o ex-presidente foi levado às pressas para um hospital de Brasília, sob escolta da Polícia Penal. Ele tinha passado mal, apresentando crise de soluço, vômito e pressão baixa
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou o Hospital DF Star, em Brasília, na tarde desta quarta-feira (17). Ele foi internado na tarde de ontem após sofrer uma crise de soluços, vômitos e pressão arterial baixa. O ex-mandatário passou a noite internado.
De acordo com boletim médico divulgado nesta manhã, exames identificaram uma alteração na função renal e persistência do quadro de anemia que aflige Bolsonaro.
Em entrevista coletiva, o médico Claudio Birolini, chefe da equipe cirúrgica que acompanha Jair Bolsonaro (PL), confirmou nesta tarde que exames identificaram duas lesões compatíveis com câncer de pele no ex-presidente.
No último domingo (14), Bolsonaro passou por um procedimento médico para remover oito lesões de pele. Por sua vez, um laudo feito com o material biológico indicou a "presença de carcinoma de células escamosas 'in situ', em duas das oito lesões removidas", diz boletim médico divulgado nesta tarde.
"Duas das lesões vieram positivas para o carcinoma de células escamosas, que não é nem o mais bonzinho e nem o mais agressivo, mas, ainda assim, é um câncer de pele", disse Claudio Biroloni. Segundo o médico, as lesões - localizadas no tórax e em um dos braços do ex-presidente - são "precoces" e "demanda apenas de avaliação periódica".
Veja na íntegra o boletim médico:
"O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro foi admitido no Hospital DF Star na tarde do dia 16 de setembro, devido a quadro de vômitos, tontura, queda da pressão arterial e pré-síncope. Apresentou melhora dos sintomas e da função renal após hidratação e tratamento medicamentoso por via endovenosa. O laudo anátomo patológico das lesões cutâneas operadas no domingo mostrou a presença de carcinoma de células escamosas "in situ", em duas das oito lesões removidas, com a necessidade de acompanhamento clínico e reavaliação periódica. Recebe alta hospitalar, mantendo o acompanhamento médico."
Desde o atentado a faca durante a campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro acumula internações e cirurgias, muitas delas relacionadas às complicações do ataque sofrido em Juiz de Fora (MG).


