Brasil precisa de "movimento antipolarização", diz governador do RS
Eduardo Leite usou as redes para criticar situação política do país e defendeu que o governo negocie com EUA tarifas aplicadas por Donald Trump

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), usou as redes sociais para criticar a situação do Brasil e defender um "movimento antipolarização". O chefe do Executivo gaúcho se disse "com profunda tristeza institucional e com indignação política" pelo cenário atual.
"Em maio desse ano eu afirmei que o Brasil precisa de um movimento antipolarização. E eu vou continuar defendendo isso antes que o nosso Brasil fique sem caminho e sem futuro", afirmou o governador em um vídeo publicado nas redes sociais.
Leite criticou atos da esquerda e da direita e comentou a tensão envolvendo o governo dos Estados Unidos.
"A gente já teve um ex-presidente preso. Hoje a gente tem outro ex-presidente com tornozeleira eletrônica. Uma trocida vibrou lá atrás, a outra vibra agora", disse.
Em relação ao anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que passará a aplicar uma taxa de 50% sobre os produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, o governador afirmou que espera que a administração federal "deixe de lado as suas narrativas eleitorais e negocie com maturidade, equilíbrio, com o governo americano".
"Sendo firme na nossa defesa, na defesa da soberania, e independência, mas sem colocar a sua ideologia acima dos nossos interesses, dos nossos negócios, dos nossos empregos", acrescentou.
Para o governador, o que vem acontecendo no país são sintomas da polarização — que, na sua avaliação, trata-se de uma "doença".
"As tarifas de 50% que os EUA aplicaram ao Brasil é reflexo dessa polarização, que só nos divide. Mas ela também é consequência de um governo brasileiro que sempre apostou na mesma polarização. E, enquanto eles vivem nesse cabo de guerra, a corda vai arrebentar no lado das empresas e trabalhadores brasileiros", afirmou.
"Há tempos eu sou criticado quando eu digo que não aceito e não ficarei refém dessa polariazação. Me chamam de ‘isentão’, como se isso fosse uma acusação, mas eu repito que essa polarização não é um mal necessário que nós somos obrigados a suportar ou, pior ainda, a ter que escolher um dos lados que só alimentarm uma briga em que só quem apanham são as pessoas que só querem tocar a sua vida sem uma guerra politica atrapalhando", completou.