Carlos cita Silveira e critica quem promete indulto a Bolsonaro se eleito

Em publicação nas redes sociais, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro disse que estratégia de prometer perdão serve para "enganar inocentes"

Rafael Villarroel, da CNN*, São Paulo
Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro  • Flickr - Gabinete Carlos Bolsonaro
Compartilhar matéria

O vereador Carlos Bolsonaro (PL), subiu o tom nesta quinta-feira (2) e criticou políticos do campo da direita que prometem dar indulto judicial ao seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), caso sejam eleitos no pleito à Presidência em 2026.

Em um recado publicado na rede social "X" (antigo Twitter), o "02" de Bolsonaro afirmou que a promessa feita por possíveis candidatos serve para "enganar inocentes", além de dizer que "é hora de mostrar a verdade sobre a destruição dos direitos no Brasil e partir para a defesa real da democracia".

Na publicação, Carlos também reafirmou que a prisão domiciliar de Bolsonaro, que foi condenado por participação em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, é "ilegal, assim como tantos outros inocentes", ao relembrar a detenção de outras pessoas condenadas pelos atos de 8 de janeiro.

Além disso, relembrou o indulto dado por seu pai, enquanto presidente, ao ex-deputado federal Daniel Silveira, condenado pelo Supremo a 8 anos e 9 meses de prisão em regime fechado pelos crimes de ameaça ao Estado Democrático de Direito e coação no curso do processo, em abril de 2022.

À época, o então presidente afirmou que Silveira apenas "somente fez uso de sua liberdade de expressão".

Um ano depois, em maio de 2023, o STF (Supremo Tribunal Federal) derrubou a decisão, declarando ter havido "desvio de finalidade na concessão do benefício", apenas porque o ex-deputado era aliado político de Bolsonaro.

Veja abaixo:

 

Ainda nesta quinta, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), também entrou no assunto, voltando a defender o projeto que anistia, de forma ampla, geral e irrestrita todos os condenados envolvidos nos atos de 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente, ao dizer que a proposta é "a defesa tolerável da democracia".

Além de afirmar que "sem anistia não haverá eleição em 2026".

Em 17 de setembro, o plenário da Câmara aprovou a urgência do projeto de lei que anistia os condenados. Ao todo, foram 311 votos favoráveis, 163 contrários e sete abstenções.

Entretanto, segue enfrentando impasse no Congresso Nacional, com o relator Paulinho da Força (Solidariedade-SP) conversando com bancadas para chegar em um texto final.