Carlos Lupi diz ser “radicalmente contra” uma reforma da previdência
Ministro da Previdência Social classificou isenções como “criminosas” e defendeu aumento da arrecadação
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse ser “radicalmente contra” uma reforma da previdência e defendeu medidas para aumentar a arrecadação nesta quinta-feira (26).
“Quando se fala em reforma na previdência é só para tirar direitos. Eu sou radicalmente contra”, afirmou o ministro.
Segundo Lupi, um dos grandes problemas da previdência social hoje é o grande número de isenções, as quais classificou como criminosas.
“Querer tirar de quem já tem pouco é, no mínimo, desumano. Então, o que nós temos de fazer é melhorar a arrecadação, é diminuir as isenções, que são, do meu ponto de vista, criminosas”, completou.
Em agosto, o Congresso Nacional aprovou a reoneração gradual da folha de pagamentos, mantendo a desoneração integral até o final deste ano. A medida foi criticada por Lupi.
“Recentemente, o Congresso aprovou outro número gigantesco de isenções. É claro que tenho que respeitar o papel do Congresso, nós estamos em uma democracia. Mas temos que esclarecer para a população que, sem fonte de receita, como vou pagar esses 40 milhões de aposentados e beneficiários da previdência?”, questionou.
O ministro afirmou ainda que “todo mundo quer receber alguma coisa da previdência, mas ninguém quer pagar”.
A última reforma da previdência aconteceu em 2019. Dentre os principais pontos, esteve o aumento do tempo mínimo de contribuição e a definição de idades mínimas para que o cidadão possa se aposentar (65 anos para homens e 62 anos para mulheres).
O que o eleitor pode e não pode levar para a urna no dia da votação?