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    CCJ do Senado analisará projeto que prevê 30% de vagas para mulheres no Legislativo

    Relatora na Comissão de Direitos Humanos destacou baixa representatividade feminina no Congresso

    Beatriz Alvesda CNN* , São Paulo

    Após aprovação na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) analisará o projeto de lei 763/2021, que estabelece uma cota de 30% para mulheres na diferentes Casas – assembleias legislativas, Câmara dos Deputados e câmaras municipais.

    No caso do Senado, quando houver renovação de dois senadores por estado, pelo menos uma das vagas deve ser direcionada para as mulheres.

    O projeto de lei altera uma regra do Código Eleitoral de 1965. O texto determina que as vagas nas câmaras e assembleias sejam distribuídas por alternância entre os sexos, da seguinte forma:

    • o primeiro lugar é ocupado pela mulher mais votada do partido;
    • o segundo é ocupado pelo homem mais votado do partido (a alternância de sexo continua até que as mulheres estejam em 30% dos lugares destinados às respectivas siglas);
    • os demais lugares são distribuídos de acordo com a ordem de votação nominal, independentemente do sexo.

    Na avaliação da relatora do projeto no colegiado, senadora Zenaide Maia (PSD-RN), a legislação atual – que prevê o mínimo de 30% de candidaturas femininas – não tem sido eficaz em garantir a participação igualitária das mulheres no Parlamento.

    Apesar de as mulheres representarem mais da metade da população brasileira (51,8%) e a maioria do eleitorado (52,65%), elas ocupam apenas 17,7% das cadeiras na Câmara dos Deputados e 14,8% no Senado, destacou a relatora na análise.

    Segundo o texto aprovado, os suplentes devem ter o mesmo sexo dos candidatos eleitos. A ideia é que a garantia não seja prejudicada em caso de afastamento do titular.

    *Com informações da Agência Senado
    **Sob supervisão

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