Comissão da Câmara debate venda ilegal de cigarros eletrônicos nesta quarta (13)
Colegiado terá audiência sobre impacto econômico da comercialização dos produtos no país; proposta de regulamentação tramita no Senado
A Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara debaterá, nesta quarta-feira (13), às 10h, o impacto econômico da comercialização ilegal de cigarros eletrônicos no Brasil.
A venda dos chamados “vapes” e produtos semelhantes é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009. No Senado, tramita uma proposta de regulamentação dos cigarros eletrônicos. O texto aguarda votação na Comissão de Assuntos Econômicos.
A sugestão da audiência na Câmara é do deputado Heitor Schuch (PSB-RS). No pedido do debate, ele menciona que, apesar da proibição da Anvisa, houve o aumento do consumo de cigarros eletrônicos e “elevadas perdas de arrecadação”, com impacto fiscal e econômico na indústria e no comércio.
“A comercialização ilegal deste produto ocorre sem tributação e sem a geração de emprego e renda prevista nas normas nacionais”, disse na justificativa.
Ele também citou estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), que indicou o mercado potencial de R$ 7,5 bilhões por ano e a possível criação de até 115 mil novos postos de trabalho (formais e informais).
Para o debate, foram convidados representantes do governo, da Anvisa, de empresas do setor de tabaco e de entidades da área de saúde. Confirmaram a participação na audiência:
- Andrey Corrêa, secretário do Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon);
- Lauro Anhezini Júnior, diretor da British American Tobacco (BAT Brasil);
- Beatriz Gagliardo, gerente da Japan Tobacco International (JTI);
- Paulo Cézar Corrêa, coordenador da Comissão Científica de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT);
- Mônica Andreis, diretora-geral da ACT – Promoção Da Saúde;
- Rodrigo Marinho, diretor-executivo do Instituto Livre Mercado (ILM);
- Tainá Costa, gerente de Comunicação de Programas Sênior na Vital Strategies;
- Rafael Bastos, gerente senior de Assuntos Corporativos da Philip Morris Brasil;
- Diogo Paz Bier, diretor do Centro das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (CIERGS), representando a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Projeto no Senado
Em agosto, a Comissão de Assuntos Econômicos adiou a análise da proposta que estabelece regras sobre a produção, importação, exportação, venda, consumo e fiscalização dos cigarros eletrônicos no Brasil.
A proposta também proíbe a venda desses itens para menores de 18 anos e estabelece multa que varia de R$ 20 mil a R$ 10 milhões, além de detenção de dois a quatro anos.
O tema não é consenso no Senado e a análise do texto já foi adiada antes na comissão. Depois de passar pelo colegiado, o projeto ainda precisa ser apreciado no plenário.
Apresentado no ano passado pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), o projeto é relatado pelo senador Eduardo Gomes (PL-TO), que é a favor da regulamentação.
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