Comissão de Segurança Pública da Câmara aprova convocar ministros da Justiça e do GSI
Deputados querem que os ministros falem sobre armas dos chamados CACs e impactos provocados por invasões de terra
A Comissão de Segurança Pública da Câmara aprovou, nesta terça-feira (9), requerimentos para convocar os ministros da Justiça, Flávio Dino, e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Marcos Antônio Amaro dos Santos, a falarem no colegiado.
A maioria dos membros do colegiado decidiu convocar Dino para que ele preste explicações sobre dois assuntos:
- Fala sobre a suposta venda de armamentos por Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CACs) a facções criminosas;
- Impacto que os movimentos de invasões de terras provocam na segurança urbana e rural.
Dino compareceu à Comissão de Segurança Pública da Câmara em abril. Na ocasião, a audiência foi encerrada após confusão entre deputados. Nesta terça, Dino falou ao colegiado de Segurança Pública do Senado.
O general Marcos Antônio Amaro dos Santos tomou posse como ministro do GSI na semana passada. A intenção é que ele preste esclarecimentos sobre imagens do circuito interno do Palácio do Planalto que mostram o então ministro da pasta, general Gonçalves Dias, andando no local em 8 de janeiro, enquanto acontecia a invasão e a depredação das sedes dos Três Poderes.
Diante da divulgação das imagens e da repercussão negativa por uma suposta falta de atuação mais enérgica do GSI em prender os invasores, Gonçalves Dias pediu demissão.
Dias chegou a ser convidado para falar à comissão, mas apresentou um atestado médico e não compareceu. Em seguida, deixou o comando do GSI.
No caso de uma convocação, a ida da autoridade é obrigatória. Quando da aprovação de um convite, a presença é opcional.
Os deputados devem aproveitar a oportunidade para também questionar Marcos Antônio Amaro dos Santos sobre outros aspectos do GSI relacionados aos atos criminosos de 8 de janeiro.
Deputados governistas tentaram retirar os requerimentos das convocações de pauta ou transformá-los em convites, sem sucesso.
Ainda não há data para as audiências públicas com os ministros no colegiado.
A maioria dos deputados membros da Comissão de Segurança Pública da Câmara é composta por opositores ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).