Comissão do Senado avalia sabatinar Galípolo pela manhã para plenário votar indicação à tarde
Pacheco marcou análise da indicação de Lula para o BC para o dia 8 de outubro, após o primeiro turno das eleições municipais
O senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) vai ouvir os membros da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado sobre a possibilidade de fazer a sabatina de Gabriel Galípolo na manhã do dia 8 de outubro.
A data é a mesma definida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-GO), para a votação da indicação no plenário. A ideia é resolver tudo no mesmo dia, mas só depois das eleições municipais — o primeiro turno é em 6 de outubro.
As chances de o colegiado se antecipar e marcar os trâmites para antes das eleições são remotas. Tanto senadores da base quanto da oposição defendem que tudo fique para depois das disputas municipais.
Incômodo
Uma ala do Senado tem demonstrado incômodo com o fato de o Palácio do Planalto ter anunciando expectativa de datas e adiantado com quem ficará a relatoria.
Tanto que, até agora, Vanderlan não designou oficialmente o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), como o responsável pelo parecer da indicação de Galípolo.
Além das eleições
O envolvimento dos senadores com as eleições é apontado como um dos motivos para não se fazer a sabatina de prontidão, mas não é o único.
Os senadores também aguardam uma definição sobre o acordo que é costurado a respeito das emendas parlamentares e sobre o decreto das armas do governo Lula.
Périplo pelo Senado
Enquanto o rito segue indefinido, Galípolo segue em peregrinação pelo Senado. Nesta quinta-feira (5), ele visitou gabinetes de senadores que não são da base do governo. Entre eles, os senadores Styvenson Valentim (Podemos-RN) e Dr. Hiran (PP-RR).
Em média, o indicado de Lula tem visitado de seis a sete gabinetes por dia. Em alguns casos, o encontro vira almoço.
Foi assim, por exemplo, na segunda-feira (2), em um convite feito pelo senador Lucas Barreto (PSD-AP).
Galípolo também é parado com frequência nos corredores por onde sempre passa apressado. Não raro, assessores e até mesmo parlamentares, pedem para tirar fotos. Outros cochicham ao pé do ouvido que querem se reunir com ele.
Já com a imprensa, Galípolo tem preferido o silêncio e evitado as perguntas dos repórteres, apenas sorrindo e apertando o passo.
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