Conexão CNN: Dois cenários para ficar de olho nas eleições municipais de 2020
PT tenta usar municípios conurbados com São Paulo para impulsionar candidatura de Tatto na capital; Já no Rio, Crivella e Martha Rocha tentam vaga no 2º turno
No quadro Conexão CNN desta sexta-feira (13), na CNN Rádio, Thais Arbex, Leandro Resende e Iuri Pitta indicam dois cenários para acompanhar nas eleições municipais de domingo (15): a tentativa de o PT usar cidades vizinhas a São Paulo para impulsionar Jilmar Tatto e a disputa de Marcelo Crivella e Martha Rocha para chegar ao segundo turno no Rio de Janeiro.
“Guarulhos é a segunda maior cidade de São Paulo em termos de população, que tem importância econômica por causa da presença do aeroporto, e lá tem uma situação curiosa: o prefeito Guti (PSD) está bem colocado nas pesquisas junto com um ex-prefeito do PT, o Elói Pietá”, disse Pitta.
“O que é importante dessa eleição – e isso vale para algumas outras cidades da Região Metropolitana de São Paulo que influenciam na capital? É uma das apostas do PT para recuperar um pouco da força que perdeu em 2016 e conseguir, de certa forma, que os bairros que são conurbados, ou seja, fazem divisa com outra cidade, deem um impulso para a candidatura de Jilmar Tatto na capital”, completou.
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Já Resende apontou que no Rio tanto a campanha de Marcelo Crivella (Republicanos) quanto a de Martha Rocha (PDT) apostam que vão chegar ao segundo turno contra Eduardo Paes (DEM), mas por motivos diferentes.
“Crivella acredita que o eleitorado de centro-direita e direita ainda não processou totalmente que ele é apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro – e aposta que isso acontecerá desta sexta até domingo”, disse.
“Já do lado da Martha Rocha, o foco total das últimas ações de campanha é no voto útil de centro-esquerda, de que ela é a única capaz de bater Paes no segundo turno”, completou.
Por fim, Arbex trouxe bastidores da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de adiar as eleições municipais em Macapá.
“O que foi determinante foram informações dos serviços de inteligência, como a Abin, de constatar um movimento para organização de atos de vandalismo no domingo. Havia áudios convocando pessoas para atear fogo em ônibus, saquear lojas. Uma dessas pessoas falava em ‘quebrar tudo’”, explicou.
“Mas teve a decisão de manter a data limite de 27 de dezembro para as eleições lá na capital. O TSE se preocupa muito em não prorrogar mandatos, ou seja, a eleição tem que acontecer ainda neste ano para evitar ainda mais a politização do tema.”