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    Conselho de Ética da Câmara arquiva processos contra deputadas e adia votação de denúncia por importunação sexual

    Denúncias contra Juliana Cardoso (PT-SP) e Talíria Petrone (Psol-RJ) foram arquivadas; votação do caso de Márcio Jerry (PCdoB-MA) foi adiada

    Mayara da Pazda CNN

    O Conselho de Ética da Câmara arquivou, nesta terça-feira (5), processos contra as deputadas Juliana Cardoso (PT-SP) e Talíria Petrone (Psol-RJ) por supostas quebras de decoro parlamentar.

    Durante a reunião desta terça, o colegiado ainda adiou a votação de uma denúncia contra o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) por importunação sexual.

    Juliana Cardoso

    O processo instaurado contra Juliana Cardoso foi apresentado pelo PP. Segundo o partido, a deputada “procedeu de forma atentatória ao decoro parlamentar” durante sessão da Câmara, em 24 de maio, para analisar a urgência do projeto de lei que trata do marco temporal na demarcação de terras indígenas.

    Na ocasião, segundo o partido, a deputada empregou os termos “barbárie” e “assassinos” para se referir aos 324 deputados que aprovaram a urgência do projeto.

    Na semana passada, o relator do caso, deputado Gabriel Mota (Republicanos-RR), já havia apresentado um parecer pelo arquivamento do processo.

    Talíria Petrone

    A representação contra a deputada Talíria Petrone, apresentada pelo PL, também foi arquivada.

    O processo foi motivado por uma fala da parlamentar durante uma sessão de maio da CPI do MST.

    Na ocasião, Talíria disse que o relator da comissão, Ricardo Salles (PL-SP), é acusado de “fraudar mapas” e se envolveu com casos de garimpo ilegal à época em que era ministro do Meio Ambiente do governo de Jair Bolsonaro (PL).

    Presente na reunião do Conselho de Ética desta terça, a deputada disse ter apenas apresentado “fatos relevantes” sobre Salles.

    “Nosso exercício parlamentar passa por falar sem ferir o decoro. E falar significa emitir opiniões sobre fatos, temas e a conjuntura brasileira”, disse.

    Márcio Jerry

    O PL acusa o deputado de importunação sexual e violência política de gênero ao se aproximar por trás da deputada Júlia Zanatta (PL-SC) e falar no seu ouvido, durante sessão da Comissão de Segurança Pública.

    Jerry nega as acusações e afirma que a situação foi deturpada pela parlamentar. O partido quer a perda do mandato do deputado por quebra de decoro parlamentar.

    No dia 2 de agosto, o relator do caso, deputado Ricardo Maia (MDB-BA), já havia apresentado um parecer pedindo o arquivamento do processo. Segundo Maia, não há justa causa para o caso prosseguir.

    Apesar da apresentação do parecer, a votação do relatório tem sido adiada desde então.

    Veja também: Denúncias de importunação sexual ainda são muito tímidas, diz delegada

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