Cotado para STF, Dino faz gestos para Rui Costa e tenta reduzir fogo amigo do PT, dizem fontes
Primeiro gesto de reaproximação foi descartar de forma contundente uma intervenção federal na Bahia, estado de Costa

Um dos nomes cotados para ocupar a vaga da ministra Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), fez nos últimos dias uma série de gestos públicos para o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), para tentar reduzir o que seus aliados definem como uma ofensiva de “fogo amigo” de petistas.
Fontes próximas ao titular da Justiça dizem que a relação entre os dois ministros sempre foi marcada por tensões nos bastidores, mas a situação teria escalado após as ações recentes da Polícia Militar da Bahia, que lidera o ranking de mortes violentas do Fórum Nacional de Segurança Pública.
Por um lado, aliados de Dino reclamam que críticas à política de Segurança Pública da pasta e a defesa da tese de desmembramento da área da Justiça teriam partido de petistas com o aval de Rui Costa, que foi governador da Bahia e elegeu o atual chefe do executivo baiano.
Por outro, pessoas do entorno de Costa dizem, em conversas reservadas, que o ministério do pessebista teria sido omisso diante da narrativa da truculência da polícia do estado.
O primeiro gesto de reaproximação de Dino foi descartar de forma contundente uma intervenção federal na Bahia e dizer que esse tipo de ação só ocorre quando há falta de atuação do governo.
Em seguida, o ministro da Justiça se reuniu com o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), para “alinhar” novas estratégias de um trabalho conjunto entre as forças de segurança baianas e federais.
Dino também anunciou que em outubro fará a entrega da Delegacia da Polícia Federal em Feira de Santana, segunda maior cidade do estado.
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