CPI das Bets: Progressistas deve ficar com presidência e Podemos tenta relatoria

Dr. Hiran é o mais cotado para comandar comissão; Soraya Thronicke pleiteia ser relatora

Isabel Mega, da CNN, Brasília
Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária. Na ordem do dia, PL 1.847/2024 que "estabelece um regime de transição para a contribuição substitutiva prevista pelos arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, e para o adicional sobre a Cofins-Importação previsto pelo § 21 do art. 8º da Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004". Em discurso, à tribuna, senador Marcos Rogério (PL-RO). Mesa: presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG); secretário-geral da Mesa do Senado Federal, Gustavo A. Sabóia Vieira.
Senado Federal  • 20/08/2024 - Jonas Pereira/Agência Senado
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Criação autorizada, a CPI das BETs do Senado agora depende da indicação de integrantes para começar a funcionar. Os partidos definem as composições nos próximos 10 dias, quando a instalação deve ser marcada, e já há articulação para que o PP fique com a presidência.

O senador Dr. Hiran (PP-RR) é o mais cotado para assumir o comando, com Eduardo Gomes (PL-TO) de vice-presidente. A senadora Soraya Thronicke, que recolheu as assinaturas para que a CPI fosse criada, pleiteia o papel de relatora.

A comissão terá 11 integrantes titulares e sete suplentes, e pretende fazer uma análise ampliada das operações financeiras relacionadas aos jogos virtuais de apostas on-line no Brasil.

A ideia é que a CPI também renda material para a implementação de mecanismos mais robustos de controle e combate ao crime organizado, à lavagem de dinheiro, além de proteger o consumidor e a integridade do mercado.

Na justificativa apresentada para defender a criação, a senadora Soraya Thronicke afirmou que há uma preocupação com a saúde financeira e mental dos apostadores e que as apostas movimentam valores exorbitantes pelas plataformas on-line, que podem estar sendo utilizados para mascarar atividades ilícitas.

"O alerta para uma CPI se justifica diante da complexidade do cenário e da necessidade de uma investigação profunda para identificar possíveis falhas na regulação e fiscalização dessas atividades. A falta de transparência em algumas operações, a dificuldade de rastreamento das transações são elementos que agravam a situação, exigindo uma resposta firme do poder legislativo", afirma a parlamentar no requerimento que deu origem à CPI.

Há expectativa de que a influenciadora Deolane Bezerra, que chegou a ser presa pela Polícia Federal, seja chamada para depor, já que a convocação dela foi aprovada na terça-feira (8). Assim como o cantor Gusttavo Lima, que também é investigado na mesma operação.

Após ser instalada, a CPI tem 130 dias para funcionar e um caixa de R$ 110 mil para cobrir as despesas com a investigação.