Da urna ao resultado: entenda o caminho do voto
As eleições de 2022 vão definir os próximos representantes do país, além de governadores, senadores e parlamentares, federais e estaduais; segundo turno acontece no domingo (30)
As eleições de 2022 vão definir os próximos representantes do país, além de governadores, senadores e parlamentares, federais e estaduais. O segundo turno acontece no domingo (30). Na votação, os eleitores vão utilizar a urna eletrônica, usada pela primeira vez no Brasil em 1996. Desde então, o equipamento passa por atualizações.
O programa usado para a votação na urna foi desenvolvido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o hardware, a parte física do equipamento, é comprado pela Justiça Eleitoral por meio de um processo de licitação.
Os aparelhos são enviados para a Justiça Eleitoral de cada estado e passam por uma série de processos e testes preventivos com objetivo de garantir o funcionamento perfeito.
À CNN, Domingos Savio de Souza, responsável pela seção de votos no TSE, disse que às vezes há reclamações em torno de falhas de mecânica ou eletrônica. “Mas elas são muito poucas, entre 0,3%, 0,5%, 1% dentro do número total de urnas. Então são mínimas”, afirmou.
Como funciona a urna eletrônica
A urna eletrônica conta com três cartões de memória que guardam informações dos candidatos e eleitores.
Um deles fica dentro da urna, outro é utilizado para transmitir os dados da seção para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), e o terceiro é uma garantia para qualquer falha no primeiro chip.
“Todo o processo de acompanhamento de gestão das urnas é acompanhado pelo promotor e pelo juiz de direito”, disse Daniel do Nascimento Brito, promotor de justiça do Mato Grosso do Sul, à CNN.
O membro da comissão de segurança do TRE-MS, Sérgio Roberto da Silva, explicou que a urna não é conectada à internet ou não possui qualquer conexão via Bluetooth.
“Não tem como acessar esses dados de alguma forma”, disse.
A emissão da chamada “zerésima”, uma impressão feita assim que a urna chega aos locais de votação, garante que não há nenhum voto computado nela.
No ano de 2022, os locais de votação contarão com uma impressão da “zerésima” disponível ao público.
Computação dos votos
No momento final da votação, os dados de cada eleitor, bem como em quem ele votou, são transformados em criptografia — um código embaralhado que não permite a identificação de “quem votou em quem”.
Cinco versões do boletim de urna, emitido no final da votação, contém os dados da quantidade que cada candidato obteve. Uma fica com os mesários, uma é colada na parte da seção, outras vias ficam também com fiscais de partidos políticos.
As informações também são gravadas no cartão de memória dentro da urna. Os arquivos e o dispositivo são levados para o órgão da Justiça Eleitoral, e os dados são transmitidos para o sistema do TSE.
Por conta das dimensões do Brasil, a logística de transmissão de dados é diferente em cada local. As informações dos Tribunais Regionais Eleitorais chegam a um supercomputador dentro de uma sala cofre no TSE, onde há uma equipe de técnicos que garantem o funcionamento do sistema.
Atualizações
À CNN, o ex-secretário de tecnologia do TSE que integrou a equipe de construção da primeira urna, Giuseppe Janino, disse que há um trabalho contínuo de aprimoramento.
“Temos 25 anos de utilização da urna eletrônica, o processo continua com toda credibilidade. Não há nenhum registro de fraude durante esse período, graças a um trabalho sistemático de melhoria contínua”, disse Janino.
Fotos: Os momentos mais marcantes das eleições brasileiras
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Apuração de votos nas eleições de 1960 • Arquivo Nacional
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Mesários auxiliam na votação para a eleição em São Paulo • Arquivo Nacional - 27.mar.1957
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Presidente Café Filho vota nas eleições de 1955 • Arquivo Nacional - 3.out.1955
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Pessoas aguardam na fila para votar em 1954 • Arquivo Nacional - 3.out.1954
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Mulher deposita seu voto na urna nas eleições de 1954 • Arquivo Nacional - -3.out.1954
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Presidente Eurico Gaspar Dutra (1946-1950) vota nas eleições para vereadores do Distrito Federal - o Rio de Janeiro, na época - em 1947 • Arquivo Nacional - -19.jan.1947
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José Linhares, que presidiu o Brasil interinamente entre outubro de 1945 e janeiro de 1946, saindo da cabine de votação após depositar seu voto na urna em 1945 • Arquivo Nacional - 2.dez.1945
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Pioneira Almerinda Farias Gama deposita seu voto na urna na eleição de representantes classistas para a Assembleia Nacional Constituinte de 1934. Ela foi a única mulher a votar como delegada na eleição para a Constituinte • CPDOC/FGV
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Jovem eleitora deposita o voto em urna, nas eleições municipais de 1988 • Museu do Voto (TSE) - 15.nov.1988
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Presidente Juscelino Kubitschek vota nas eleições de 1958 • Museu do Voto (TSE) - 3.out.1958
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Eleitores do interior de Pernambuco aprendem a votar na urna eletrônica, para as eleições de 1998 • Museu do Voto (TSE)
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Eleitores do interior de Pernambuco aprendem a votar na urna eletrônica, para as eleições de 1998 • Museu do Voto (TSE)
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Aliados comemoram eleição de Tancredo Neves, em janeiro de 1985 • Célio Azevedo/Agência Senado - 1.jan.1985
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Eleitor insere voto em urna de metal na eleição de 1945 • Centro de Memória Eleitoral do TRE-SP - 2.dez.1945
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Homem repara urnas de madeira para provável utilização na eleição de 1945 • Centro de Memória Eleitoral do TRE-SP
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Abertura de urna de madeira, em uma junta apuradora do TRE/SP, na eleição de 1945 • Centro de Memória Eleitoral do TRE-SP
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Eleitores aguardando o momento de adentrar a seção eleitoral, em São Paulo, na eleição de 1945 • Centro de Memória Eleitoral do TRE-SP - 2.dez.1945
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Apuração de votos realizada por uma junta apuradora do TRE/RJ, na eleição de 1945 • Museu do Voto (TSE)
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Panorama de uma seção eleitoral no estado de São Paulo na eleição de 1945 • Centro de Memória Eleitoral do TRE-SP - 2.dez.1945