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    Defesa de Anderson Torres responde denúncia por golpe de Estado

    Ex-ministro e ex-secretário de Segurança já esteve preso por acusação de conivência nos atos de 8 de janeiro de 2023.; "minuta do golpe" foi encontrada na casa dele

    Isabella Cavalcanteda CNN , Brasília

    Os advogados do ex-ministro da Justiça Anderson Torres se manifestaram nesta quinta-feira (6) para o Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito da denúncia de tentativa de golpe de Estado, elaborada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

    A defesa alegou que Torres é alvo de denúncia apenas por ter sido membro do governo de Jair Bolsonaro (PL) e nega ter propagado narrativa de insegurança do processo eleitoral em 2022.

    Sobre a “minuta do golpe”, encontrada na casa do ex-ministro, ele havia dito desconhecer de onde veio o documento e, na resposta, falou que um texto semelhante poderia ser encontrado no Google.

    Além disso, os advogados apontaram que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, disse em delação não ter proximidade com Torres, o que indicaria a inocência do ex-ministro no planejamento golpista.

    A equipe de Torres ainda afirmou a falta de competência do STF para julgar o caso, porque ele não tem foro privilegiado. Os advogados pediram que, se o julgamento ocorrer no Supremo, que seja no plenário ao em vez da Primeira Turma.

    Após deixar o cargo de ministro no governo de Jair Bolsonaro (PL), Torres assumiu a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e foi preso após acusações de que foi conivente e omissão com a depredação da Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023. Ele ficou detido por cerca de 4 meses.

    A chamada “minuta do golpe”, que descrevia a trama a ser implementada, estava na casa do ex-ministro. Em 2023, ele disse que o “papel não foi para o lixo por mero descuido”. “Não sei quem entregou este documento apócrifo e desconheço as circunstâncias em que foi produzido”.

    Torres é denunciado pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

    O ex-secretário de Segurança tinha até esta quinta-feira (6) para se manifestar sobre a denúncia que enfrenta. Esse é o mesmo prazo de outros de denunciados, como Bolsonaro e o tenente-coronel Mauro Cid.

    Isso porque eles foram intimados em 19 de fevereiro e os advogados receberam 15 dias para respostas. No caso de Walter Braga Netto, por exemplo, a intimação ocorreu no dia seguinte e o prazo, dessa forma, acaba na sexta-feira (7).

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